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Classe C puxa alta do comércio em bairros

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O aumento do poder aquisitivo da classe C, também chamada de nova classe média, resultou no crescimento de pequenos e médios supermercados localizados nos bairros de Manaus. A volúpia no consumo com gastos em alimentos, bebidas, higiene pessoal e produtos de limpeza fizeram com que o setor alcançasse, em 2010, 30% de crescimento com relação a 2009.
Para alguns supermercadistas de pequenos e médios supermercados da cidade, o crescimento não era esperado, já que os supermercados considerados grandes como Carrefour e DB, investiram pesado nas classes C e D nos bairros periféricos de Manaus.
Para a gerente do Supermercado Rodrigues, localizado na zona Leste, Leila Rodrigues, o tempo de vida do estabelecimento no local, contou para aos poucos conseguir fidelizar clientes.
“Há 15 anos chegamos à zona Leste, éramos apenas uma portinha dentre tantas localizadas na Av. Grande Circular, nos tornamos tradicionais, mas o diferencial para o nosso crescimento foi e é praticar preços competitivos, oferecer serviços de primeira e aumentar a diversidade em nossos produtos”, disse Leila.
A gerente informou que a chegada dos Hiper como DB e Carrefour, na zona Leste, no início foi vista com grande preocupação, “mas com o passar do tempo o povo percebeu que nossos preços são mais em conta que os deles”.
“Os grandes têm algumas promoções em poucos produtos e, muita propaganda. Nós temos bons preços em quase tudo que vendemos, praticamos preços com até 15% a menos e ainda entregamos a mercadoria de nossos clientes em sua residência, coisa que os outros não fazem”, destacou.
Na oportunidade, a gerente falou que dentre os maiores problemas encontrados na zona Leste, está o fator segurança, pois existe uma onda muito grande de assaltos que é temido por todos os comerciantes da região.
Outra questão que está atrapalhando, é o retorno dos veículos na pista que ficou muito distante.
Leila enfatizou que o crescimento das classes C e D, foi um fator determinante para o crescimento dos comerciantes da zona Leste, já que até pouco tempo essas classes eram discriminadas.

Mercados de bairros projetam expansão em 2011

“Nosso público-alvo sempre foi essas duas classes, elas cresceram graças ao rumo em que a economia brasileira tomou, políticas públicas voltadas para o setor mais carente da população, fortaleceu principalmente a classe C, porém hoje, trabalhamos também com a classe B, e com o crescimento que tivemos durante esses anos, no ano passado foi de 30% com relação a 2009, em 2011 vamos inaugurar mais um supermercado no Manôa (zona Norte), com estimativa de gerar entre 150 a 200 empregos diretos e indiretos”, concluiu.
Segundo a gerente do supermercado Super S Matchou, Eliza Medeiros, localizado no bairro Novo Aleixo, Cidade Nova, as dificuldades são muitas, mas com o esforço da equipe de trabalho, é possível vencer as adversidades impostas pelo local.
“Corremos atrás de fornecedores que vendam mais barato, sendo assim conseguimos repassar melhores preços para nossos clientes que é composto basicamente pelas classes C e D, não menos exigentes, essas classes além de preços, também procuram qualidade nos produtos e, nós estamos atentos às exigências do consumidor”, explicou Eliza.
Eliza informou que o grupo em que trabalha não importa produtos de outros Estados, prioriza sempre os produtos de fornecedores do Estado do Amazonas, inclusive carnes e verduras.
“Para nós sai muito mais em conta comprar dos fornecedores locais, porém muitas vezes, precisamos importar a carne de Boa Vista/RR, pois o rebanho do Amazonas não consegue suprir a demanda”, lamentou.
O gerente do Grupo Salmos 91, localizado na Av. Grande Circular, zona Leste, Douglas Vasconcelos, disse que o maior diferencial do Grupo para competir com os grandes é o preço.
“Nosso crescimento em 2010 foi de 40% com relação a 2009, portanto os grandes supermercados não nos assustam, praticamos preços entre 20% a 30% a menos, isso nos dá certa tranquilidade, pois o consumidor da zona Leste não sai daqui para comprar em outros centros, pois ele sabe da qualidade de nossos produtos e dos nossos preços que na maioria das vezes bate a concorrência com folga”, comemorou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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