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Civilidade, inclusive na política, é conquista da sociedade

A união de políticos de diferentes correntes em defesa da Zona Franca de Manaus, na última semana, surpreendeu muita gente. Uma olhada nas redes sociais mostra o quanto o fato, inédito até então no Amazonas, impactou a sociedade.
O que parece ser uma novidade para os amazonenses é prática política comum na maioria dos países do chamado primeiro mundo e até em algumas nações em desenvolvimento. Basta lembrar as tragédias recentes nos Estados Unidos –furacões, ação de atiradores em escolas, etc. –, que uniram o presidente democrata a governadores republicanos.
Nos últimos tempos, o amazonense tem experimentado situações em que a civilidade surge como num passe de mágica. Um exemplo são as faixas de pedestres, pintadas na gestão do ex-prefeito Amazonino Mendes. Elas de fato criaram uma cultura diferente no trânsito. Hoje, os motoristas passaram a respeitá-las e mesmo aonde elas não existem, é comum ver carros parando para deixar alguém atravessar a rua.
São atitudes simples que podem desenvolver a civilidade em sociedade. Neste sentido, os políticos amazonenses deram uma prova de que, mesmo entre adversários, quiçá inimigos, pode surgir a convivência civilizada diante da necessidade, de algo maior.
Não se exige das lideranças que abram mão de estratégias eleitorais, de sonhos e objetivos, mas sim que saibam separar as coisas e, como diria o sábio Salomão, façam tudo a seu tempo.
A sociedade sem dúvida estará vigilante nos próximos dias, diante dos desafios que o Amazonas tem pela frente, mas é necessário também que a população se mobilize, o que se torna muito mais fácil hoje, diante da existência das redes sociais.
A Zona Franca, afinal, é nosso maior tesouro e, discussões de alternativas à parte, pode nos delegar outra pedra preciosa, além dos milhares de empregos que já gerou: a civilidade nas relações políticas.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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