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Cientistas criam plástico à base de enxofre que não propaga fogo

Pesquisadores da Universidade do Arizona, nos EUA, desenvolveram um sistema inovador que transforma o enxofre em um tipo de plástico de alta qualidade e capaz de retardar a propagação das chamas. O material utilizado é um subproduto do refino de combustíveis fósseis e cada barril de petróleo, por exemplo, contém de 1% a 5% de enxofre.

Em refinarias convencionais, quando o petróleo e o gás são extraídos do solo, eles possuem um coquetel de produtos químicos altamente poluentes, que precisam ser removidos para poderem queimar de maneira mais limpa. Se o enxofre não for retirado, ele pode se misturar à atmosfera, causando chuva ácida.

“Essa quantidade é apenas para óleo padrão de reservas típicas. Outras reservas podem conter até 40% de enxofre por peso. Você tem que tirar todo o enxofre dessas substâncias para não ter que lidar com problemas ambientais no futuro”, explica o professor de bioquímica Jeff Pyun, autor principal do estudo.

O elastômero termoplástico criado pelos pesquisadores é um material emborrachado, elástico e completamente moldável. Outra característica importante é que ele é um retardante de chamas, ou seja, assim que o plástico pega fogo ele se auto extingue imediatamente em vez de queimar, produzir calor ou fumaça tóxica.

Produtos plásticos utilizados hoje pela indústria são baratos e possuem boas propriedades mecânicas, podendo ser usados em diversas aplicações, como motores de automóveis e pneus de borracha. O maior problema é que esses materiais são inflamáveis .

Novo pneu se regenera sozinho após ser furado

Fabricante anunciou uma nova linha de pneus com a tecnologia Seal Inside – Foto: Divulgação

A Pirelli é uma das mais importantes marcas de pneus do mundo. Atualmente, a empresa italiana é a responsável por calçar os carros da Fórmula 1 e contém uma linha completa para veículos de passeio. E na semana passada a fabricante anunciou uma nova linha de pneus com a tecnologia Seal Inside, que permite aos motoristas seguirem rodando com os automóveis mesmo se o pneu for furado em 4mm.

Diferente dos tradicionais pneus run flat, que precisam de reparos para funcionarem perfeitamente após um furo, os modelos da Pirelli com essa tecnologia são superiores porque existe uma câmara interna no pneu que regenera o orifício. Quando o pneu é perfurado, imediatamente uma massa vedante incorpora-se ao objeto causador da perfuração, impermeabilizando todo o seu contorno, caso ele permaneça no pneu — como pregos e agulhas, por exemplo.

Quando esse objeto é removido do pneu, a massa vedante é “arrastada” para o interior do orifício, selando a perfuração. Segundo a Pirelli, essa tecnologia não necessita de aro exclusivo, sendo o TPMS (Sistema de monitoramento da pressão dos pneus) aconselhável, porém não obrigatório. Ela pode ser usada em qualquer tipo de veículo, a depender de sua medida. Esses dados foram obtidos em testes particulares realizados pela Pirelli nos quais os pneus foram submetidos a situações de estresse por perfuração.

Este sistema inovador poderá simular oceanos para estudar o aquecimento global

Soars será fundamental para compreender como os oceanos da Terra – Foto: Divulgação

Pesquisadores do Scripps Institution of Oceanography, um dos maiores e mais antigos centros de pesquisa de ciências do oceano, estão próximos de inaugurar um feito tecnológico inédito: um simulador de oceano. Chamado Soars, o sistema tem estrutura de 36 metros de extensão e conta com um tanque de 32 mil galões de água do mar. Ele será fundamental para compreender como os oceanos da Terra estão reagindo às mudanças climáticas, cada vez mais velozes e preocupantes.

O nome Soar, na verdade, é uma sigla para Scripps Ocean Atmosphere Research Simulator. O tanque do sistema abrigará água vinda diretamente do Oceano Pacífico e, logo acima dele, enormes dutos soprarão ventos de até 100 km/h, com uma espécie de remo movimentando as águas para simular as ondas do mar. Hoje, o simulador se encontra na fase de testes finais, com inauguração prevista para o próximo verão norte-americano.

Atualmente, os oceanógrafos dependem de projeções computacionais para realizar seus modelos climáticos e, assim, compreender como os oceanos da Terra estão se comportando diante do aquecimento global. Embora bastante úteis, estes modelos ainda são brutos —ou seja, deixam escapar informações pequenas, mas valiosas. O Soars oferecerá um controle de modelagem sem precedentes, permitindo que os pesquisadores controlem detalhes como temperatura da água, acidez, velocidade do vento e mais.

Além de uma resolução de dados mais precisa e quase em tempo real, o novo simulador também traz o benefício da economia para realização de pesquisas. Um estudo que precisaria de um navio para ser realizado pode custar mais de US$20.000 ao dia, enquanto esse custo com o Soars será de entre US$ 1.500 e US$ 2.000. 

Foto/Destaque: Divulgação

Lílian Araújo

É Jornalista, Artista, Gestora de TI, colunista do JC e editora do Jornal do Commercio
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