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Choque de gerações nas empresas

Do lado dos Millenials, que prezam por pagar os “boletos” em dia, adoram tomar café da manhã e ainda usam o Facebook. Do outro, uma nova perspectiva a partir dos Gen Z’s, ou seja, os pertencentes à Geração Z, pessoas que nasceram na metade dos anos 1990 até o início do ano 2010.

O que separa os dois grupos e faz com que os mais novos desprezem os gostos da geração mais velha e achem tudo “cringe” (nova gíria que passou a circular nos últimos dias e que designa vergonha alheia) vai além do que apenas alguns anos de diferença de idade.

Com as transformações acontecendo de forma acelerada por conta da internet, os hábitos das pessoas mudaram, bem como as preferências e objetivos profissionais. Inclusive, segundo dados levantados pelo Meio & Mensagem, estima-se que, desde o ano passado, a Geração Z ocupa mais de 20% dos postos de trabalho, demandando mudanças na estrutura, nos processos corporativos e nas relações profissionais.

Pensando nisso, empresas que desejam conquistar e reter novos talentos , em especial os que vêm quebrando paradigmas tradicionais no mercado de trabalho, miram em tendências e estratégias para atrair os mais jovens e, de fato, conseguir reter talentos com mentalidades “fora da caixa” e que, consequentemente, impulsionam a inovação nas companhias.

Confira:

• Adeus trabalho presencial, olá workation

Com a possibilidade de trabalhar de qualquer lugar, muitas companhias vêm aderindo ao trabalho remoto, o que dá mais liberdade e flexibilidade para os colaboradores não só trabalharem de casa, mas também terem acesso a viagens mesmo no período de trabalho. 

Mas a flexibilização do formato de trabalho não é apenas uma tendência de empresas internacionais. No Brasil, o time de 200 colaboradores do GetNinjas, app de contratação de serviços, está em home office desde março de 2020, mas a startup já definiu como será o modelo de trabalho após a pandemia. Com base em pesquisas internas com as equipes, a plataforma decidiu que ficará a critério de cada profissional trabalhar de forma totalmente remota, presencial ou híbrida. 

• Café da manhã? Nem pensar

O home office aumentou ainda mais a flexibilidade de horários de trabalho para a maioria das empresas. A Mobills, startup cearense de gestão de finanças pessoais, permite um horário flexível que agrada Millennials e Geração Z. O time de RH indica que os colaboradores podem adaptar a jornada para o horário que preferirem, seja começando às 7h para terminar por volta das 16h, ou começando mais tarde, como às 13h, para terminar o expediente às 22h.

• Boletos ainda existem?

Pix, cartão e até bitcoin são algumas das possibilidades de forma de pagamento para a Geração Z. Na Deel, o maior objetivo da empresa é facilitar e digitalizar todo o processo de pagamento de salário que vem se transformando de forma acelerada, principalmente a partir da pandemia. A startup realiza pagamentos em mais de 120 moedas diferentes e em tempo real, sem complicações.

Além disso, para agradar a geração Z, as empresas também devem se atentar aos benefícios. A saída é investir na flexibilização e na autonomia dos colaboradores quanto ao uso dos benefícios. Tal estratégia foi utilizada pelo GetNinjas durante a pandemia; a startup passou a oferecer ajuda de custos com luz/internet e liberdade para a administração dos recursos dos benefícios.

• Por que falar em DOC e TED quando temos o Pix?

Ainda sobre o Pix, na onda da digitalização e dos novos serviços financeiros, se antes reinavam sozinhas, as transferências via DOC ou TED já estão ultrapassadas. Lançado em novembro de 2020, o Pix já representa 30% dos pagamentos e transferências no Brasil, segundo dados da Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Também o pagamento via QR Code, queridinho dos nativos digitais, ganha cada vez mais espaço.

Foto/Destaque: Divulgação

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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