Chinaglia critica movimento que pede fim do voto secreto

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), criticou ontem o movimento em favor do voto aberto. O movimento é liderado pelo grupo de deputados que pertence à chamada “terceira via” -composta por vários partidos. “Ao invés de produzir um factóide político, eles deveriam articular com o colégio de líderes”, disse o petista, sem mencionar nomes nem legendas. Porém, a resposta de Chinaglia provocou reações entre os deputados. Para o líder do PSOL na Câmara, Chico Alencar (RJ), o comentário foi desrespeitoso e inadequado. “O presidente da Câmara dos Deputados desrespeita seus colegas ao dizer que é um factóide. Isso é muito grave, disse o parlamentar. Alencar afirmou ainda que “em todas as reuniões” do presidente da Câmara com os líderes partidários faz menção à inclusão do fim do voto secreto na pauta de votações. “O próprio presidente da Casa Arlindo Chinaglia é testemunha do meu esforço”, afirmou. O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) também rebateu a afirmação de Chinaglia, lembrando que o fim do voto secreto foi uma das suas plataformas de campanha para a presidência da Câmara. “O voto aberto foi um compromisso dele (Chinaglia) de campanha. E, como presidente deve articular a execução desta proposta”, afirmou o tucano. O movimento em favor do voto do aberto ganhou mais força depois da absolvição do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) pelo plenário do Senado, em sessão secreta. Crise aérea A oposição trabalhar forte para responsabilizar o governo federal pela atual crise aérea que ocorre no país. Para isso, tentará incluir no relatório da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Apagão Aéreo falhas cometidas pela Infraero (estatal que administra os aeroportos) e pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). No entanto, irá esperar a leitura do relatório do deputado Marco Maia (PT-RS), que deverá ser feita na próxima quinta-feira.