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Chico Preto esclarece luta do G12

Pela primeira vez falando como um dos principais articuladores de um grupo de parlamentares contrários à reeleição na Assembleia Legislativa do Estado, o deputado estadual Marco Antônio Chico Preto (PSD), em entrevista ao Jornal do Commercio na manhã de quinta-feira (6), afirmou que, sobretudo, sua preocupação é unir a bancada governista na Aleam e garantir a prevalência das regras constitucionais durante o atual jogo sucessório.
“O princípio constitucional é límpido, sagrado, e deve ser respeitado com o maior rigor. Além do mais, no presente momento, não há mais tempo, à luz do Regimento Interno da Assembleia, para a tramitação de qualquer coisa com pretensão de mudar as regras do jogo para reintroduzir o princípio da reeleição”.
Chico Preto disse ao JC que realiza articulações para assegurar, principalmente, a união da bancada leal ao governador Omar Aziz no Legislativo estadual. “Tenho trabalhado como bombeiro, aglutinador, no sentido de evitar problemas que possam criar arestas dentro da base do governo”.
Ele nega qualquer ideia de pré-candidatura envolvendo o seu nome na disputa para o comando da Aleam e diz que os critérios para a formação de uma chapa do Grupo dos 12 “seguirão os critérios da proporcionalidade, incluindo os três parlamentares da oposição”. Nesse sentido, Chico deixou claro que o PSD, por possuir a maior bancada na Aleam, seria majoritário na Mesa Diretora. “O PSD possui eu (Chico), Fausto Souza, Josué Neto, Ricardo Nicolau e David Almeida, ou seja, 25% do universo de 24 deputados que formam o Parlamento, estamos falando de duas ou três vagas, por aí, isso é proporcionalidade”, detalhou, informando que a oposição, com três assentos na Casa, tem direito a assento na Mesa.
Preocupado em evitar defecções prematuras no G12, Chico Preto esclareceu que a parceria estabelecida com os parlamentares oposicionistas, por enquanto, gira em torno apenas da luta em favor da PEC (Projeto de Emenda Constitucional), aprovada em 2009, que veda a reeleição no Poder Legislativo do Estado.

Oposição

Reunidos na Sala Solimões do subsolo da Assembleia Legislativa na manhã de quinta-feira, os três parlamentares estaduais, que formam a banda oposicionista na Aleam, Luiz Castro (PPS), Marcelo Ramos (PSB) e José Ricardo (PT), decidiram oficializar sua aliança momentânea com o grupo de nove parlamentares governistas que não aceitam a reeleição.
“Nós temos situações em comum com os governistas neste momento porque também somos contrários à mudança das regras constitucionais”, disse Luiz Castro, ironizando: “Se existe o G9, nós somos o G3, unidos contra a reeleição. Não pode haver confusão sobre essa questão”.
“Não temos rejeição nem predileção pelo nome do deputado Chico Preto”, assinalou Castro, assegurando que a oposição, se não resolver lançar candidatura própria à presidência do Legislativo, condicionará o seu apoio à chapa que se comprometer com os princípios “republicanos” que defende.
“Não queremos apenas um cargo na futura Mesa Diretora, queremos o republicanismo que o Regimento Interno prevê, que é o respeito à Constituição, queremos que as reuniões conjuntas das comissões técnicas ocorram com comunicados prévios aos deputados de oposição. Vamos elencar esses pontos, pois esses são o nosso fio condutor”, destacou o líder do PPS, dizendo que a união definitiva com os parlamentares governistas será condicionada “a uma convergência de princípios”.
Os 12 parlamentares contrários à reeleição na Aleam são: Vicente Lopes (PMDB), Adjuto Afonso (PP), Belarmino Lins (PMDB), Marcos Rotta (PMDB), Sinésio Campos (PT), Marco Antônio Chico Preto (PSD), Marcelo Ramos (PSB), Luiz Castro (PPS), José Ricardo Wendling (PT), Vera Castelo Branco (PTB), Wanderley Dallas (PMDB) e Wilson Lisboa (PCdoB). Em breve esse grupo pode virar G14, com as adesões de Orlando Cidade (PTN) e Sidney Leite (DEM), signatários, com os membros do G12, de um requerimento coletivo aprovado na semana passada no Legislativo pedindo a inserção nos anais da Aleam de artigo do jurista Felix Valois, publicado na edição do dia 23/11 do jornal Diário do Amazonas, intitulado “Assembleia e Reeleição”. No artigo, o jurista condena a reeleição no Legislativo.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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