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Chico Preto descarta alianças para manter coerência

Chico Preto descarta alianças para manter coerência

Em entrevista realizada ao JC às 15h, o candidato a prefeito de Manaus pelo DC (Democracia Cristã),  Chico Preto, falou dos principais desafios para a disputa ao cargo do executivo municipal. Ele destacou suas propostas para os diferentes setores como transporte, segurança e economia. Bacharel em direito,ele aposta para a corrida eleitoral em sua experiência adquirida ao longo de 23 anos de vida pública e numa campanha limpa, baseada em propostas e projetos para resolver os problemas da cidade.

Jornal do Commercio – Os eleitores estão diante de um desafio que é o de encontrar um gestor que precisa solucionar os problemas de Manaus. Você se considera um candidato preparado para isso?

Chico Preto – Eu comecei de baixo. Vou fazer uma comparação aqui. Vou comparar a minha carreira política com aquele cidadão que entra num canteiro de obras. A primeira atividade que ele faz em um canteiro de obra é o de servente de pedreiro. Como servente de pedreiro ele aprende a fazer o traço da massa, aprende a colocar um tijolo, aprende a fazer o reboco da parede a bater o nível. E aí ele vira pedreiro e começa a coordenar vários serventes da construção da obra. Depois ele vira encarregado e depois desse cargo ele está preparado para pleitear a ser o mestre da obra. A minha caminha é exatamente essa, comecei como vereador, honrei o meu mandato, fui deputado, mas antes de ser deputado eu fui presidente da câmara, e na presidência da câmara administrei, tomei decisões e fiz o que ninguém fez naquele momento que era construir o prédio da câmara. ‘Ah! mas o prédio é pequeno!’. Mas, era muito para o tamanho da câmara. Então, construí o prédio da câmara, dialoguei com os servidores, fiz o plano de cargos e salário, resolvi questões administrativas. Fui secretário de estado, e as incubencias que foram passadas a mim eu cumpri. Então, eu amadureci. E venho da iniciativa privada. Na iniciativa privada você toma decisões. Você gerencia, você contrata, você demite, você compra, você paga. Eu me preparei ao longo dos meus 51 anos para viver esse momento. Então, essa discussão que foi a tônica de campanha de 2018, ‘O novo e o velho’, para mim isso acabou. Eu pelo menos vou levar essa mensagem, não é nem o novo e nem o velho, mas alguém que tem uma história para contar. E deixa eu dizer uma coisa. A minha história não é de perfeição. A minha história é de convicção. De um cara que sabe onde está e sabe onde quer chegar. De um cara que paga o preço que for para se manter reto e confiável. Porque estou há 23 anos nessa caminhada. Mas, o Chico Preto não tem o nome dele envolvido em escândalo de corrupção ou qualquer outra situação que diga que não dá para confiar. Eu tenho a convicção que Manaus precisa de um gestor preparado, firme, convicto e uma história confiável de vida. Não basta os projetos. Porque assim, com todo respeito, se a gente fosse só por projetos, pega qualquer projeto e coloca na mão do Adail Pinheiro para administrar Manaus. Ninguém vai querer irmão. O cara não é confiável. Então, não é só ter projetos, mas ter projetos viáveis e uma história confiável que te permita tomar decisões e levar Manaus para outro nível, que é isso que me move a ser prefeito de Manaus.

JC – Você vai ter como vice o tenente coronel Augusto César, que tem 27 anos de de experiência na polícia militar. O que ele traz e agrega para sua candidatura? 

Chico Preto – O tenente coronel Augusto César é um homem de segurança pública e gestor de segurança pública. É um homem operacional, está há 27 anos colocando o peito dele para proteger a sociedade, e durante essa caminhada ele se especializou exatamente em gestão de segurança pública. E dentre muitas convicções que nós temos, é que a prefeitura de Manaus nos dias de hoje, não só a prefeitura de Manaus, mas outras prefeituras de fora, vêm assumindo um novo papel quando o assunto é segurança pública. Então, a vinda do Augusto para chapa é darmos um recado para o nosso povo: acabou aquela desculpa que a pessoas que está sendo assaltado e constrangida dentro do terminal, dentro da praça, dentro do parque, a prefeitura de Manaus fica jogando a culpa para a PM e a polícia civil dizendo: ‘oh! isso é com o governador!’. Acabou com isso! A gente vai acabar com isso. Nós assumiremos a responsabilidade de proteger os cidadãos dentro desses espaços, que são espaços de gerenciamentos da prefeitura municipal de Manaus. E aí entra o Augusto César com a experiência e articulação que tem junto com a polícia militar e junto ao governo federal, onde ele foi comandante do CPA Leste (Comandante de Policiamento de Área). É um homem carimbado, tem uma história de vida na segurança pública. Aí a gente vai resgatar a guarda municipal e dar um novo tratamento para defesa civil e guarda armada. Não tem mais como não ser armada. Eu tenho andando muito em terminais de ônibus, e é constrangedor você ver uma guarda municipal correndo atrás de bandido dentro do terminal com um pedaço de pau e um apito. E às vezes, o bandido está com uma faca ou até mesmo um revólver. Então não dá mais para você enfrentar essa situação com a ilusão de que a guarda municipal pode enfrentar isso. Agora para isso, a gente prepara os guardas municipais, diferente do que as pessoas pensam que só vamos dar uma arma na mão deles sem preparo. Você vai preparar. E quem vai preparar, será a própria secretaria de segurança do governo do Amazonas. Essa tratativa já houve, inclusive na câmara municipal de Manaus em 2018, nós fizemos esse diálogo e o governo do estado se propôs a receber os guardas municipais como se fossem policiais militares, para prepará-los a manusear a arma e outros equipamentos que eles possam permitir que eles tenham um papel efetivo na proteção do cidadão quando estiverem em parques, terminais e escolas públicas. E porque não? O problema é que o efetivo é pequeno. Isso é um outro passo que a gente vai precisar dar ao longo dos próximos anos, com concursos públicos, para que ao menos a gente possa dobrar o efetivo da guarda municipal que hoje está próximo de 500 homens. Manaus precisaria de no mínimo 2.500 homens à luz da lei 13.022 que é lei federal da guarda municipal que existe uma proporção relacionado a população. 

JC – Como você pretende resolver o atual problema do transporte coletivo da cidade?

Chico Preto – Muitas pessoas perguntam: “ E aí? você vai fazer metrô de superfície?” Esquece, irmão! Eu vou fazer o ônibus andar! Você vai vir de lá do bairro Viver Melhor e você vai chegar no centro de forma segura, mais rápida e mais confortável. Esse é o meu compromisso com Manaus. Não é o metrô de superfície e o Expresso. É fazer o ônibus rodar. Sabe por quê? Poucos são aqueles que compreenderam que o cidadão mudou o comportamento dele. Com a chegada de novos modais como o mototaxi, o aplicativo de transporte. O cidadão mudou o comportamento. O cidadão para sair do Japiim ao Centro da cidade, ele não pega mais ônibus. Ele pega o Uber e vai embora. Pequenas distâncias o povo aprendeu a usar outros modais. Agora grandes distâncias, o cidadão precisa do ônibus. O que eu preciso entender é que o povo precisa do ônibus para grandes distâncias. É uma nova dinâmica. Mas, como o Chico Preto vai fazer isso. Aí eu vou fazer um apelo ao prefeito de Manaus. Não renove o contrato do transporte coletivo com as mesmas empresas que estão aí. Sabe por que? Se o atual prefeito renovar ele vai dar um nó cego não só para mim que quer ser prefeito, mas para qualquer outro candidato que tenha  a intenção de fazer uma nova licitação para preparar uma nova dinâmica no transporte coletivo. Não dá para fazer uma dinâmica no transporte coletivo com o contrato que aí estar. Com as empresas que estão aí. 

JC – Temos um potencial turístico muito grande. Como prefeito você pensa em estimular o turismo como gerador de renda?

Chico Preto –  O turismo tem potencial de gerar postos de trabalho de maneira rápida e gerar valor agregado aos nossos serviços e produtos. A questão é, qual é o papel da prefeitura no turismo? Eu me incomodo com aquela ideia de que quando o prefeito senta, ele quer dar aula de turismo. Cara, quem entende de turismo em Manaus? É dono do hotel. Quem entende de turismo? É o dono da agência. Quem entende de turismo? É o turismólogo. Eu enquanto prefeito eu preciso perguntar o que a prefeitura precisa fazer para melhorar a prestação de serviço deles. Colocar internet nos lugares. Nos pontos turísticos no centro da cidade. Como construir isso? Fazer uma parceria público privado com as operadoras de telefonia celular. Divulgar Manaus para o mundo. Criar videos institucional de Manaus para colocar nas maiores plataformas de entretenimento do mundo. Criar um aplicativo sobre a cidade. Bairros, restaurantes, agência de turismos. Vou ter a humildade de conversar com o trade, com os operadores, com quem faz o turismo, para entender qual é o caminho que a gente vai pegar o dinheiro da cidade para investir e melhorar a infraestrutura e a comunicação quando a gente pensar vender Manaus para o Brasil e o mundo. A gente está pensando em fazer a cidade do folclore. O centro é o local de maior atração turística. largo São Sebastião, Teatro Amazonas e praça da Matriz. Temos o porto de Manaus. Conversar com a direção do porto para pegar alguns dos galpões e prepará-los para mostrar nossa cultura de quinta a domingo para as pessoas que chegam no porto. Apresentações ao vivo, venda de comidas típicas e artesanatos. Preciso resgatar o festival folclórico da Bola da Suframa. Isso é uma tradição da cidade de Manaus que se perdeu. 

JC – Qual a ideia das subprefeituras?

Chico Preto – Manaus tem 2,3 milhões de habitantes. Manaus tem uma características. Ela não é uma cidade adensada, ela é uma cidade espalhada. E isso faz com que a prefeitura tenha uma grande dificuldade de estar presente nas comunidades, gerenciando as dinâmicas do dia a dia. Está ridiculo em Manaus a prefeitura ir no lugar asfaltar a rua e a empresa Água de Manaus vai lá e rasga. Está virando meme. A prefeitura asfalta e a Água de Manaus rasga o asfalto novo. Isso é desperdício de dinheiro. O que está faltando é gestão. Aí a subprefeitura que é um braço avançado da prefeitura de Manaus, para gerenciar saúde, educação, infraestrutura e a parte da ação social nos bairros. Vamos colocar um homem e uma mulher que conheçam a realidade e cruzar a informação. O que custa a prefeitura ligar para essas empresas e perguntar se tem serviço? Aí o dinheiro vai ser bem aplicado. A subprefeito vai preencher essa lacuna e alinhar o planejamento  e ser mais eficiente, gastar da forma correta o dinheiro público. O subprefeito vai estar vivendo a realidade do bairro e do dia a dia. O Subprefeito age nesses lugares para conhecer a realidade. Não quero criar um cargo a mais para isso. Somente dividir, descentralizar e distribuir os cargos que já tem para colocar nas subprefeituras. Pelo Menos hoje. Duas em cada zona da cidade. Administrar essa cidade hoje é preciso conhecer essa cidade. Não basta ter seguidores na internet, tem que ter história. Eu conheço tudo Manaus? Claro que não. Mas conheço bem. A cidade tem uma certa dinâmica. A Zona Leste por exemplo, é uma cidade dentro de Manaus. Inclusive tem uma linguagem e um comportamento próprio que se você não entender isso, você toma uma decisão errada e não consegue fazer a coisa acontecer. Então, é essa experiência e essa maturidade. Essa serenidade e firmeza ao mesmo tempo, e verdade. Porque se eu tiver de perder voto para falar a verdade eu vou perder. Se eu perder a eleição por falar a verdade eu vou perder. Manaus está de saco cheio de expresso, BRT e mil creches. O povo só quer uma história verdadeira e alguém confiável para tomar decisões.

Antonio Parente

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