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Cesta básica sem impacto das greve

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Entre as 18 capitais do Brasil que sofreram alta no valor do conjunto de alimentos essenciais, após 5 meses consecutivo de aumento, Manaus apresentou redução de 0,82 %no preço, em relação ao mês de abril. Para especialistas, o processo de melhora na qualidade de alguns produtos regionais, a exemplo do tomate, são um dos fatores que tem contribuído para a redução do preço. De acordo com os dados do PCBN ( Pesquisa da Cesta Básica Nacional) divulgados, ontem (7), pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a capital apresentou o décimo quarto valor do país, com a média de R$ 357,71 no preço.

De acordo com o supervisor técnico do Dieese-AM, Inaldo Seixas, normalmente ocorre a variação de preço, devido a oferta de alguns produtos, e com a greve dos caminhoneiros, prevê uma possível variação do preços da cesta para o mês de junho. “Alguns produtos apresentaram uma queda, talvez no mês de junho venham com um preço mais elevado com a questão do preço dos custos dos transporte. Viemos de pequenas elevações desde de dezembro e agora houve essa queda. Muito tem se perguntado se a greve dos caminhoneiros teve alguma influência direta, mas não houve influência porque a greve foi somente alguns dias e fizemos o levantamento do mês todo”, disse.

Segundo o economista Erivaldo Lopes, apesar do estado ainda produzir uma quantidade de produtos agrícolas muito baixo em relação a outros estados, o processo produtivo de alguns elementos como tomate, feijão e arroz do Amazonas, estão alcançando qualidades boas com resultados positivos em relação às regiões que exportam para o estado.

“As feiras têm oferecido produtos com o preço mais acessível devido a esses produtos serem do mercado regional. Isso se deve à sazonalidade da oferta dos produtos regionais que estão alcançando qualidade de produção melhores e com preços menores. Tais produtos como o tomate por exemplo, tem suprido a demanda local forçando os preços dos produtos exportados cair”, explicou.

Entre abril e maio de 2018, houve queda no valor médio de nove produtos. O preço do feijão carioquinha caiu 4,14%, o arroz agulhinha 2,18%, tomate 1,92%, óleo de soja 1,88%, pão francês 1,47%, farinha de mandioca 1,31%, leite integral 1,25%, banana 0,75%) e manteiga 0,31%. As altas foram anotadas no açúcar refinado (1,39 %), carne bovina de primeira (1,13%) e café em pó (0,52%). Em 12 meses, três produtos tiveram alta acumulada: a manteiga 12,68%, banana
7,79% e pão francês (2,81%).

Lopes explicou também, que a mudança de postura do consumidor tem mudado, fazendo com que eles procurem produtos mais baratos, independente da marca. E reforçou que em um período de médio a longo prazo, a produção local supra o mercado do estado. “Quando se trata de cesta básica o consumidor precisa se alimentar. Você entra no supermercado e quer comprar macaxeira e dificilmente você compra, porque simplesmente você vai encontrar macaxeira da região de qualidade nas feiras com um preço muito mais em conta. Existe essa mudança de comportamento, ainda que pouco, de o consumidor optar por produtos regionais. Há uma possibilidade a longo e médio prazo a consideração dos produtos regionais serem mais consumidos do que os que vêm de fora”, disse.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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