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Cesta básica de Manaustem alta de 0,75%

O preço da cesta básica da capital amazonense ficou 0,75% mais caro em julho, em comparação com o mês de junho. O custo de R$ 215,43, corresponde a 50,36% do valor do salário mínimo e somente no primeiro semestre do ano a variação foi de -4,61%. Os dados foram divulgados ontem, 5, pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos).
Entre as 17 cidades pesquisadas, Manaus apresentou o maior crescimento no valor da cesta, seguida de Brasília (0,69%) e Belém (0,05%). O tempo necessário para comprar os itens da cesta básica requerem 101 horas e 55 minutos de trabalho. Destes itens, a carne bovina, tomate e banana prata, juntos, são responsáveis por R$ 122,51; ou seja, 56,86% do preço total.
A variação mensal da carne bovina em julho foi de apenas -1,11%, enquanto o tomate e banana prata marcaram 2,43% e -3,18%, respectivamente. A variação anual dos três itens somados chega a -15%.

Poder de compra

O poder de compra do consumidor de Manaus foi reduzido devido ao aumento do custo da cesta básica. Depois do desconto de 8% referente à contribuição previdenciária, resta R$ 427,80 do salário mínimo. A mesma pesquisa que indica estes número, sugere que o valor ideal do salário base de todo trabalhador brasileiro deveria ser de R$ 1.994,82 – 4,29 vezes o salário atual de R$ 465. O valor é calculado com fundamentos da Constituição Federal que estabelece o salário mínimo como supridor das despesas de toda a família com moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Para a supervisora técnica do Dieese em Manaus, Alessandra Cadamuro, a pesquisa apresenta números surpreendentes. “Foi uma surpresa para nós encontrar o custo da cesta básica mais caro, já que o valor vinha caindo desde o início do ano”, declarou Alessandra.

Alimentação básica

A alimentação básica de uma família manauense composta por quatro pessoas (dois adultos e duas crianças) custou R$ 646,29 no mês de julho. O preço ideal equivale a 1,39 vezes o salário mínimo bruto. No mês anterior, o custo da cesta para esta mesma família foi calculado em R$ 641,46.

Leite e feijão influenciaram alta no custo final da cesta

Quatro dos dez produtos que compõem a cesta básica da cidade tiveram aumento de preço. O leite (10,55%), manteiga (4,12%), feijão (3,57) e tomate (2,43%) influenciaram na elevação de 0,75% no custo final da cesta.
O pão francês a o arroz registraram redução nos preços. O arroz também apresentou queda em 13 capitais pesquisadas, porém a entressafra está próxima e o produto deve sofrer reajustes positivos nos meses seguintes.
O pão francês variou 3,07% no acumulado do ano e nos dez meses que a pesquisa é feita em Manaus, a queda no preço foi de 5,45%.
“A perda de produção ocasionada pela enchente histórica e a redução de empregos no Polo Industrial de Manaus, são um dos fatores relacionados com a duas últimas altas no valor da cesta básica da cidade”, argumentou a supervisora técnica do Dieese.
O café em pó foi o único item da cesta que não variou no mês de julho. “O produto de grande comercialização internacional, está sendo afetado pela crise de falta de crédito, especialmente nos países importadores”, divulgou o Dieese. No primeiro semestre de 2009 a alta foi de apenas 0,31%, já o acumulado dos últimos dez meses chegou a 0,91%.
De acordo com a pesquisa, Porto Alegre teve a cesta básica mais cara no mês: R$ 237,45, seguida de São Paulo (R$ 222,17) e Vitória (R$ 223,11). As cidades mais baratas foram Aracaju (R$ 173,47), Fortaleza (R$ 182,12) e João Pessoa (R$ 183,67).

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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