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Cesta básica atinge nível mais alto

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Depois de subir quase 2% no mês de julho, o preço da cesta básica na capital amazonense continua em alta. Dessa vez, os 12 produtos essenciais ao consumidor somaram R$ 280,81, acréscimo de 0,63% frente ao mês passado quando os mesmos itens custaram R$ 279,06.
Esta é a sexta alta consecutiva da capital e, com o resultado, Manaus ocupou a oitava colocação entre as 17 capitais pesquisadas, de acordo com os dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
“Apesar de Manaus ter saído da sexta posição no mês anterior, entre os valores mais altos, para a oitava colocação este mês, isso só ocorreu porque os produtos apresentaram aumento generalizado em quase todas as capitais, mas o valor da cesta básica em Manaus nunca foi tão alto”, avaliou a supervisora técnica do escritório regional do Dieese no Amazonas, Alessandra Cadamuro.
Segundo ela, a alta continua porque quatro dos produtos que mais pesam no bolso do consumidor não param de sofrer reajustes. “Em agosto não foi diferente”, comentou.
Um deles, o tomate, com acréscimo de 6,02%, foi o item da cesta com a maior alta no mês. Um quilo de tomate custou ao manauara, R$ 5,64, e o gasto mensal médio foi calculado em R$ 67,68.
Segundo o relatório do Dieese, o aumento foi resultado das freqüentes oscilações no preço devido às variações climáticas deste ano. Além da capital amazonense, o aumento atingiu outras 14 localidades.
Outro produto de destaque foi a farinha que anotou a segunda maior variação (2,91%). A alta também ocorreu em todas as demais capitais analisadas.
Influenciado pelo aumento do preço do trigo, o pão registrou alta de 2,04%. O mesmo acréscimo foi sentido no valor do óleo que custou, em média, R$ 3,30 ao consumidor.
Em sentido inverso, sete produtos apresentaram redução, sendo a maior, verificada no feijão (-7,54%), seguido do açúcar (-3,14%), da manteiga (-3,11%), do arroz (- 2,44%), da banana (-1,21%), do café (-0,97%) e da carne (-0,06%). Apenas o leite não apresentou variação no preço, seguindo com o custo médio de R$ 15,96 ao mês.

Últimos 12 meses

Já na comparação com agosto de 2011, a alta foi de 13,18%. “Esse acréscimo dos últimos 12 meses foi principalmente em função do feijão, cujo preço sofreu reajuste de quase 80%”, destacou Alessandra Cadamuro.
O preço da farinha também anotou alta representativa (25,22%). “O principal fator foi a cheia recorde do Rio Negro este ano. Se olharmos o acumulado dos 45 meses – desde que o departamento começou a fazer a pesquisa –, a farinha já soma alta de 36,06%, em função das duas maiores cheias, a de 2009 e a deste ano”, explica a supervisora.
O terceiro maior acréscimo acumulado de agosto do ano passado para cá veio da banana (20,27%), seguido da manteiga (19,84%).
O óleo de soja e o café que agora estão com o preço estável, também aparecem na lista dos produtos que mais sofreram aumento, 16,29% e 14,98%, respectivamente, “uma vez que no início do ano houveram reajustes consecutivos nos valores desses itens”, acrescentou Cadamuro.
Ela destacou ainda o açúcar que, apesar de acumular redução de 6,57% neste ano e de 15,53% nos últimos 12 meses, na análise dos 45 meses, registra alta de 83,17%.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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