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Cereal matinal e snacks com sabor amazônico

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Pupunha e açaí são base de produtos pesquisados pelo Inpa em Manaus

A busca por alternativas alimentares que propiciem a regionalização da merenda escolar e até mesmo a produção destes produtos em escala comercial, há muito vem sendo uma tarefa do Inpa (Instituto Nacional de Proteção Industrial), que acaba de enviar ao Inpi (Instituto Nacional de Proteção Industrial) mais seis depósitos de pedidos de patente. Destes, dois têm destaque pela inovação e apelo comercial, um cereal matinal e snacks (espécie de salgadinhos em pacote), produzidos com pupunha e açaí. A ideia de aproveitar os frutos amazônicos e elaborar novos produtos ou enriquecer os já existentes, veio dos pesquisadores do Inpa, Francisca Souza e Jaime Paiva Lopes Aguiar, que produziram o cereal a partir do processo de extrusão e mistura da farinha de pupunha e de açaí com farinha de milho, que é a base de todo cereal e snacks. Após a solicitação de patente, agora a espera é por interessados na produção e comercialização dos novos produtos alimentícios.

Saindo do laboratório
Ter o pedido de patente aceito e encontrar empresas interessadas em tornar os produtos escaláveis e comerciais, são passos que ainda precisam ser dados, explica a responsável pelo Ceti/Inpa (Coordenação Extensão de Tecnologia e Inovação) Rosângela Bentes. “O Inpa atua no fomento à pesquisa e na proteção do que foi pesquisado. Agora precisamos de empresas interessadas na produção e desenvolvimento tecnológico. Sejam iniciantes ou já consolidadas, as empresas também terão apoio do Inpa”, disse a coordenadora.
Apesar de o apoio do Inpa ser garantia de qualidade e segurança atestada, a demora dos processos no Inpi (o tempo de exame dos pedidos de patente normalmente leva entre seis e 10 anos) dificulta a chegada ao mercado. “Nesses casos, por tratarem-se de alimentos oriundos da biodiversidade amazônica, existem leis correlatas que arrastam os processos e os fazem demorados. Mas temos esperança de que sejam logo examinados”, afirma Rosângela Bentes.
Peixes em conserva
Outros produtos que saíram dos laboratórios do Inpa já chegaram ao mercado. Um dos exemplos é a produção de peixes enlatados do pesquisador e doutor em Biologia de Água Doce e Pesca Interior, Nilson Carvalho, criador da marca Delicatessen Pescado do Amazonas. A marca produz mais de dez novos formatos para o consumo de peixe, além do fishburger, defumados, piracuí (farinha de peixe) e picadinho, o cardápio conta com mini quibe, bife, nuggets, picles, linguiça e carpaccio (fatias finas de peixe cru servidas em aperitivos) de espécies tradicionais da Amazônia como o jaraqui, aracu, tambaqui e pirarucu.

Artur Mamede
[email protected]

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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