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Células-tronco auxiliam cardíacos

Quem pensa que o Amazonas está alheio às pesquisas desenvolvidas no mundo, em benefício da saúde humana com células-tronco, está enganado. Desde 2009, o Estado realiza procedimento de implantação de células-tronco em pacientes inseridos no “Protocolo de Pesquisa com células-tronco em pacientes com cardiopatia isquêmica”, que já beneficiou nove doentes cardíacos em Manaus. Hoje, será a vez de mais um paciente com cardiopatia, o 10º a integrar o PP de Células-Tronco do Amazonas, com a implantação do material celular colhido de seu próprio organismo. A melhoria na qualidade de vida prevista para esse paciente e constatada no tratamento das pessoas que já realizaram o procedimento.
O PP com células-tronco é desenvolvido pelo PPSUS/AM e recebeu financiamento da Fapeam (Fundação de Amparo a Pesquisa do Amazonas) em parceria com o Ministério da Saúde e CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). O programa é coordenado pela imunologista Adriana Malheiro e pelo médico Jaime Arns. São eles que cumprem todos os procedimentos para a implantação das células-tronco nos pacientes com cardiopatia. “Os pacientes precisam estar em tratamento no Hospital Francisca Mendes. É indicado para os pacientes que apresentam lesão cardíaca, que já tenham sofrido um ataque cardíaco, ou que já tenham realizado vários tratamentos”, explicou Adriana.
Segundo a imunologista os pacientes devem estar enquadrados em quatro níveis. “O primeiro nível são aqueles que tiveram uma lesão leve. O segundo e terceiro: lesões moderadas; e o quarto lesões mais graves. Nós realizamos o procedimento em pacientes que estão no nível 2 e 3 porque os que estão no nível 4 podem apresentar mais riscos durante o procedimento”, disse.

Procedimento da implantação

O procedimento de coleta é realizado através de um cateterismo com a utilização de células-tronco através da obtenção de material celular a partir do sangue periférico. Essas células são mobilizadas em direção ao sangue periférico utilizando uma glicoproteína (G-CSF) e posteriormente coletadas por aférese. Logo após, o material celular coletado (contido no sangue) é implantado por duas vias no miocárdio.
Após o procedimento, os resultados na saúde do paciente devem ser observados por, pelo menos, um ano. “Mensalmente realizamos exames verificando o grau de melhora do paciente e se houve benefícios para a qualidade de vida dele. Logo após o procedimento é muito cedo para observar essa melhora na qualidade de vida, mas com o acompanhamento correto e avaliação estamos observando os bons resultados obtidos com os pacientes que já realizaram o procedimento”, salientou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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