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Ceia natalina pode sair mais cara em 2020

Ceia natalina pode sair mais cara em 2020

Preparar a ceia natalina este ano pode sair mais caro e pesar no bolso do amazonense.  O principal motivo é a alta crescente no valor da cesta básica.  Segundo  levantamento da CDC (Comissão de Defesa do Consumidor) da Aleam (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas), em novembro, os itens ficaram 8,49% mais caros. Em relação a outubro, o preço médio subiu de R$ 228,75 frente a R$ 248,18.

O cenário preocupa representantes do setor supermercadista, que já consideram uma ceia mais tímida para o consumidor este ano. O diretor  da Amase (Associação Amazonense dos Supermercados), e proprietário de uma rede de supermercados, Edilson Rufino, diz que na ave tipo Chester pagou 13,6% a mais que o ano passado, já no tradicional Peru, houve um reajuste de 11,3%. Ou seja, esses aumentos nos produtos sugerem que a lista dos itens tradicionais que compõem a cesta natalina deve ser reduzida, mesmo porque o aumento nos custos serão repassados para o consumidor.

“Nós compramos 30% a menos que ano passado justamente pelo acréscimo nos valores.  Isso deve travar a ida de muitas famílias aos supermercados”. Quem pretende adquirir as aves natalinas com custos menores somente quando chega próximo ao Natal, período em que os fornecedores liberam as vendas dos produtos em oferta.

Os preços de aves e suínos registraram em outubro as maiores altas desde o início do ano, segundo pesquisa da Apas (Associação Paulista de Supermercados). Na primeira categoria, a inflação chegou a 9,16%. Já os cortes suínos tiveram alta de 8,44%.

De acordo com a entidade, esses índices devem se repetir em dezembro e impactar produtos como peru e tender, típicos de fim de ano. O dado vem do IPS (Índice de Preços dos Supermercados), calculado pela Apas e pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), e aponta que a alta na carne de aves foi puxada, principalmente, pelo preço do frango, que subiu 9,51%.

Essa foi o segundo maior aumento mensal para a proteína, atrás apenas da alta de 21% observada durante a greve de caminhoneiros em 2018. Em outubro do ano passado, o produto havia registrado queda de 1,14%.

No ano, as aves registram alta de 10,61%, e nos últimos 12 meses até outubro, de 27,395.

Em relação ao valor da cesta básica em Manaus, dos 26 itens, quatro subiram de preço a farinha de mandioca (+25,01%), o feijão carioca (+12,13%), o frango (+5,29%) e no papel higiênico (+16,57%), entre outros.

A pesquisa apurou os valores em dez supermercados de Manaus. Houve ainda diferenças significativas no preço global da cesta na capital, que variou de R$ 202,74 a R$ 311,30, com a diferença de 53,55%. Variação superior identificada em outubro (16,99%).

Vale tudo para aliviar o bolso

O reflexo desses aumentos podem minar a ceia das famílias. Por esse motivo, o economista Marcus Evangelista reforça o impacto e o caminho de planejamento como saída para que ninguém deixe de elaborar a ceia. 

“Todo tipo de aumento impacta o orçamento do consumidor, principalmente quando se fala em aumento nos itens da cesta básica. Além da questão pandêmica, nós temos um aumento de substancial impacto onde o consumidor tem que fazer duas coisas – pesquisa de preços, sempre tem aquele concorrente com custos bem diferentes. Outra dica – abrir mão de marcas. O consumidor se acostuma a comprar determinada marca e muitas vezes tem um produto da mesma qualidade com valor menor”.

Ele diz que neste momento é  importante levar tudo isso em consideração. E, ainda, não abrir mão da criatividade. Fazer substituições por produtos similares mais baratos. “Nós temos aqui um problema também característico de Manaus, onde nada é produzido, tudo vem de fora. Então, no período de safra onde a oferta é maior de um determinado produto, o preço tende a cair, porém na entressafra o preço sobe. Tem que aproveitar esses momentos”. Para fechar o especialista lembra que grandes redes de supermercados fazem promoções em determinadas datas da semana. O que também é útil aproveitar essas promoções para conseguir comprar produtos mais baratos e assim no final do mês conseguir uma economia para o bolso. 

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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