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Ceia de Natal inglesa

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Chegou aquela época do ano, novamente, onde as lojas e os supermercados ingleses enchem-se do espírito e do cheirinho natalino, o perfume de canela, laranjas e maçãs é evidente. É tal como diz aquela canção famosa “It is beginning to look like Christmas” (tradução: Está começando a parecer com o Natal), mas enquanto o comércio se veste de Natal, também começa a corrida pela ceia natalina. O melhor peru, o vinho mais gostoso, o bolo tradicional de natal, as tortinhas inglesas de frutas cristalizadas conhecidas como mince pies.
De acordo com um estudo feito pelo Instituto de Estudos da América Latina da Universidade de Oxford, o número de brasileiros vivendo no Reino Unido era de 250 mil, em 2010, a maior parte deles vivem em Londres. Bairros como Kensal Green, Stockwell, Bayswater tem as maiores concentrações da comunidade brasileira, onde encontramos muitos amazonenses.
A Inglaterra diferente dos demais países europeus não celebra a véspera de Natal, portanto a ceia só acontece no almoço do dia 25. O almoço natalino como se vê hoje foi uma das heranças deixada pelos victorianos. Foi no reinado da Rainha Victoria que o peru tomou o centro da mesa, antes disso os ingleses tradicionalmente consumiam cisnes assados, faisões e pavões. Um prato raro, porém muito apreciado no Natal era o porco selvagem.
Segundo James William, proprietário da Fazenda Jamie’s Free Range, é importante que o peru tenha pelo menos seis meses antes de chegar à mesa do consumidor. Todas as aves para consumo em sua fazenda são criadas fora de cativeiro e com ração especial. “Qualquer peru cresce mais aceleradamente em cativeiro e com aquecimento artificial, mas isso não significa que a carne do animal seja de melhor qualidade”, afirma.
Free Range é a expressão usada para animais criados fora de cativeiro o que é importante para muitos ingleses. O consumidor dessa classe social que pode pagar mais, exige que o animal antes de ser consumido tenha tido uma vida mais “feliz” e isso estende-se também a frangos, patos, gansos e seus ovos.
Os perus da Fazenda Bushfield no condado de Hampshire são Free Range e da raça KellyBronze, de acordo com o chefe famoso Jamie Oliver “KellyBronze são o melhor do melhor, uma feliz surpresa. Natal não seria Natal sem um peru KellyBronze.”
A administradora da fazenda, Nerris Morris que todos os anos vende perus no Natal disse que os perus chegaram a fazenda em agosto com seis semanas de vida e logo estarão prontos para ser consumidos. “Temos 150 perus, eles comem ração de qualidade e logo estarão prontos”, ela diz sorridente.
Na Inglaterra, o consumidor pode comprar o peru direto das fazendas. É possível visitar os animais nos criadouros de fazendas menores como a de Nerris e se certificar de que os animais foram bem tratados e tiveram sol e ar fresco o suficiente. Um peru que foi criado fora do cativeiro pode custar até 50% mais caro que um peru de confinamento. Um animal comprado direto do produtor custa em média £12.0 (R$48,75) por kg.
De acordo com a revista Good Housekeeping, um peru de 4kg é suficiente para alimentar de 6 a 8 pessoas, um peru médio de 6kg serves de 10 a 12 pessoas e um peru grande serves entre 12 e 16 pessoas. A revista também provou todos os perus oferecidos pelos maiores supermercados ingleses e elegeu Marks and Spencers e Waitrose como os melhores perus de 2014.
Os quatro maiores supermercados da Inglaterra: Tesco, Sainsbury’s, Morrisons e Asda foram obrigados a reduzir seus preços a fim de competir com os dois supermercados alemães que são conhecidos por seus preços mais baratos Aldi e Lidl. Outro fator impactante no momento é a maior baixa da inflação desde 2006, só no mês passado em média o preço dos alimentos caiu 0,4% e os preços continuarão em baixa por mais algum tempo.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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