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Após visita de senadores ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA), a presidente da CDH (Comissão de Direitos Humanos), senadora Ana Rita (PT-ES), classificou a realidade do local como deprimente e caótica. Os senadores realizaram uma série de atividades ontem (13) no Maranhão para avaliar a situação do sistema prisional do Estado.
Na penitenciária, a senadora Ana Rita relatou que as condições da ala destinada a presos provisórios, que passa por reforma, são melhores, mas descreveu um quadro caótico no ambiente reservado aos presos condenados.
“O quadro é muito delicado. Há uma superlotação das celas e dos cubículos. São cubículos extremamente fechados, sujos e superlotados. Há também a falta de ventilação e de limpeza”, explicou.
O vice-presidente da CDH, senador João Capiberibe (PSB-AP), também destacou as condições degradantes e desumanas dos presos.
“O que nós vimos foi um depósito de seres humanos sem assistência devida e sem condições mínimas para garantir a saúde e a integridade física dessas pessoas”, criticou.
Além de Ana Rita e Capiberibe, integram a comitiva os senadores João Alberto Souza (PMDB-MA), Lobão Filho (PMDB-MA), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Humberto Costa (PT-PE).
Os parlamentares da Comissão foram ao Maranhão para conhecer a situação da unidade prisional, que está superlotada e tomada pela violência de facções criminosa rivais.
Pela manhã, os senadores estiveram reunidos com representantes da sociedade civil e ouviram relatos de familiares de alguns presos. A reunião foi realizada na OAB-MA (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Maranhão) e contou com a participação de entidades como a Pastoral Carcerária e a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos.
Após a visita ao presídio, a Comissão se reuniu com representantes do Ministério Público e do Judiciário local. Às 18h os senadores foram recebidos pela governadora do Maranhão, Roseana Sarney.
“O Ministério da Justiça já está aqui no Maranhão desde a semana passada. Nosso objetivo é primeiramente conversar com a sociedade, mas também ouvir as autoridades locais para saber qual a avaliação elas fazem deste momento”, disse a presidente da CDH, senadora Ana Rita, à Rádio Senado, pouco antes do início da visita ao presídio.
Cerca de 60 detentos foram assassinados em 2013 no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Superlotada e dominada por grupos criminosos, a Penitenciária de Pedrinhas expôs a crise no sistema carcerário maranhense e ganhou o noticiário internacional devido a sucessivos casos de violência entre os detentos. De acordo com a Secretaria Estadual de Justiça e Administração Penitenciária do Maranhão, atualmente há 2.196 presos no local, que tem capacidade para 1.770 pessoas.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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