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Carros usados valorizaram mais de 20%; saiba como fazer uma boa compra

O mercado de carros usados seminovos está em alta e há quem consiga vender hoje seu veículo com uma valorização que passa de 20% na classe dos mais conhecidos do público. Mas será que vale a pena vender o veículo seminovo agora? Especialistas avaliam que pode não ser uma boa hora para comprar, mas é, sim, um ótimo momento para vender. A pedido do EXTRA, Ricardo Fischer, da G-Factor Consultoria, fez um levantamento dos 45 carros com valor de mercado de até R$ 100 mil —considerando os preços dos modelos 0km —que tiveram maiores valorizações ou menores perdas.

Um Chevrolet Onix Plus, por exemplo, que em 2021 foi comprado por R$ 73.255, hoje pode ser vendido por 89.485, com um ano de uso, uma variação de 22,2%.

Já um Fiat Pulse 0km, que no ano passado foi comprado por R$ 83.691, pode ser vendido por R$ 89.907 hoje, ou seja, ganho de 7,4%.

Mesmo nos casos em que o condutor não consegue vender o carro acima do preço que pagou, a perda é pequena, o que indica um bom negócio.

A redução da procura por carros 0km hoje é justificada pela produção limitada por falta de peças e oferta restrita. Por isso, donos de usados perceberam a valorização de seus veículos acima do que acontecia em anos anteriores. Segundo Fischer, porém, o movimento deve se estabilizar. 

“Mesmo apresentando diferentes comportamentos, conforme o segmento, todos apresentaram desaceleração. Automóveis e utilitários, que mais sofreram com a “crise dos chips” e a baixa produção, foram os primeiros a iniciar a desaceleração”.

Um segmento que despontou no período da pandemia e não parou mais de crescer foi o de motocicletas:

“O mercado de motos está aquecido e batendo recordes de vendas. Demorou um pouco mais para desacelerar e praticamente não reduziu preços”.

Ele diz ainda que a desaceleração no último mês está mais associada aos veículos usados do que aos novos. Ou seja, a oferta de 0km segue baixa, porém a demanda caiu, equilibrando o mercado.

“A renda não acompanhou a inflação, em especial a automotiva, e a Selic (taxa básica de juros) sofreu sucessivas altas no intuito de conter a inflação, aumentando os juros do financiamento. Vejo o mercado chegando ao ponto de equilíbrio, e acho que os preços continuarão estáveis nos próximos meses para depois voltar a acompanhar a inflação”.

Lílian Araújo

É Jornalista, Artista, Gestora de TI, colunista do JC e editora do Jornal do Commercio
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