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CARNAVAL 2013

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Levantem os braços os torcedores de outras escolas de samba, que não estremecem, quando a verde a branco do bairro de Aparecida começa a sua apresentação no Sambódromo; afinal de contas a Mocidade Independente de Aparecida é a campeã entre as campeãs, com 19 títulos e seis vicecampeonatos.
Outro fator que ‘aterroriza’ as adversárias no samba é que a Aparecida não vai para o desfile apenas para brincar e se divertir. Ela vai para ganhar. Nos preparativos para a sua performance, enquanto as demais agremiações aguardam a verba que vem do governo, a Aparecida utiliza dinheiro próprio e se antecipa na confecção de carros e fantasias.
Fundada em 15 de março de 1980, a escola se tornaria, no ano seguinte, campeã do Carnaval de Manaus com o enredo “Santos Dumont, o pai da aviação” e, nos sete anos que se seguiram, manteve o título não deixando para mais ninguém. Ainda acrescentaria um tetra (1992, 1993, 1994 e 1995) ao seu currículo.
É bastante conhecida a história do surgimento da Aparecida, dissidente de outra escola famosa do bairro, a “Em Cima da Hora”, a partir de uma ala desta que se chamava “Alô, alô, Aparecida”, como se já previsse o surgimento de sua cria.
Pode-se dizer que o desfile das escolas de samba de Manaus se divide em antes e depois do surgimento da Aparecida, que desde o seu começo sempre levou brilho e muito luxo para a passarela do samba, fazendo com que as demais a acompanhassem ou amargassem derrotas.
Não por acaso que a escola de samba faz história em Manaus. O bairro homônimo, onde ela foi criada, também é histórico, um dos mais antigos e bucólicos da cidade, repleto de casarões seculares, com uma população de pouco mais de três mil pessoas e que já teve várias denominações (Cornetas, Saco do Alferes, Tocos), até ser oficializado com o nome de Aparecida, após a inauguração, em 1958, da igreja em honra de Nossa Senhora Aparecida, contruída pelos padres redentoristas.
Amo será Orellana
Com o enredo “Nhamundá – Uma viagem pelo rio das Ykamiabas”, a Aparecida busca o seu 20º título, com um (ou dois motivos) a mais. Em 2011 e 2012 ela foi vice e está com o grito de campeã engasgado, desde então. “Vamos proporcionar ao público uma viagem pela maior expedição que já houve no Norte do país, protagonizada por Francisco de Orellana. Para isso contaremos com 270 ritmistas na bateria, 17 componentes na Comissão de Frente, quatro casais de mestres salas e portas-bandeiras e algumas surpresas”, revelou Luiz Alberto Pacheco de Oliveira, presidente da Aparecida (2011/2013).
Para personificar Orellana, a escola contará com a participação do deputado estadual e amo do boi Garantido, Tony Medeiros. “Sou um eterno admirador da escola. Tenho a maior gratidão com a Aparecida, pois eles acolheram com muito carinho o Garantido… Recebi o convite para representar o Orellana e vou fazê-lo com muito prazer, pois como morador daquela região do baixo Amazonas, conheço bem todas as histórias que envolvem esse personagem, sem falar das várias músicas que compus falando dele. Para mim, será um privilégio representá-lo”, falou o amo.
“A Mocidade Independente de Aparecida reconta essa história fascinante e refaz essa viagem pelo rio das Ykamiabas, passando por Nhamundá, numa expedição gigantesca, que, por conta da evolução e da modernidade dos equipamentos que hoje podemos dispor, durará aproximadamente 110 minutos. O plano está traçado. Em nossa expedição, que, claro, relembrará a viagem de Orellana, levaremos aproximadamente 3 mil e 500 soldados, incluindo homens, mulheres e crianças, e seguiremos com a finalidade de revelar ao mundo o Eldorado amazônico, que o conquistador espanhol, em vida, não viu, nem mesmo Carvajal, mas que agora, em espírito, nessa grandiosa expedição, poderá ver”, disse Saulo Borges, carnavalesco da Aparecida.
Trazendo à frente da escola seu símbolo maior, um papagaio, a Aparecida será a sexta escola a desfilar, entrando na passarela do samba às 2h40 da madrugada de domingo, 10 de fevereiro.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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