As empresas brasileiras deixam de ganhar US$ 40 bilhões por ano em decorrência dos custos elevados e da precariedade da infra-estrutura de transporte e logística no país. A estimativa é do Centro de Estudos em Logística, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Diante da questão, o Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração) se preocupa e antecipa: como este fator pode influenciar nas mineradoras frente à economia mundial? O assunto será levado ao 12º Congresso Brasileiro de Mineração que acontece simultaneamente à Exposibram 2007 (Exposição Internacional de Mineração)–segundo maior evento de mineração no mundo, promovido pelo instituto–, entre os dias 24 e 27 de setembro, em Belo Horizonte (MG).
“A logística é fundamental e extremamente importante para a mineração. Sem ela não há transporte e consequentemente, a mineração pode se inviabilizar ou sofrer perda de competitividade. O setor depende do sistema de transporte que infelizmente hoje, no Brasil, é insuficiente. Os portos brasileiros aparecem entre os mais caros e lentos do mundo. A malha ferroviária é outra tragédia”, desabafou o presidente do Ibram, Paulo Camillo Penna.
A infra-estrutura brasileira, inclusive a de energia está há muito tempo sem investimentos, enquanto países do Primeiro Mundo vêm fortalecendo-se no setor. Até o início dos anos 80, isso acontecia no Brasil, depois parou. Levantamento da Associação Nacional do Transporte de Carga e Logística (MTC&Logística) mostra que os investimentos previstos para os anos de 2008 a 2023 somam R$ 172,4 bilhões, ou R$ 9,6 bilhões ao ano, e projeta que a necessidade seria de R$ 46,6 bilhões anuais.
Dados da UFRJ revelam que nos EUA, o custo da logística representa 8% do PIB (Produto Interno Bruto). No Brasil, é de 12% do PIB. A diferença de quatro pontos percentuais equivale a US$ 40 bilhões. O custo rodoviário no Brasil é US$ 97 para cada tonelada de produto, enquanto que nos EUA, o preço é US$ 26. Enfim, uma grande diferença. O preço por tonelada em despesas portuárias, no Brasil, é de US$ 7. Já nos EUA, US$ 3. Os portos brasileiros são os mais ineficientes. Para se liberar uma mercadoria, aqui no país, leva-se dez dias, ficando atrás apenas da Etiópia (30 dias).
Carência de transporte pode levar a perdas de US$ 4 bi
Redação
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