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Capital japonês amplia participação no PIM

Após encerrar o ano passado com investimentos na ordem de US$ 1.585 bilhão em investimentos no Amazonas, as indústrias japonesas já mostram o firme desejo de ampliar em pelo menos 15% essa injeção de recursos. Uma das prévias do volume de capital japonês para este ano foi dada pela Pioneer do Brasil no último fim de semana, consolidada em mais R$ 26 milhões na nova unidade fabril da empresa.
O Japão continua sendo o país que mais investiu nas indústrias com operações no PIM (Pólo Industrial de Manaus), respondendo por 37,62% da participação dos investimentos líquidos estrangeiros das empresas ativas na região, segundo os indicadores da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus).
O cônsul-geral do Japão, Sussumu Segawa, afirmou que os investimentos da Pioneer na região somam-se aos de outras empresas japonesas que acompanham a tendência à ampliação do volume fabril e adensamento da cadeia produtiva nos próximos meses.
O representante reafirmou que o interesse japonês considera a estabilização da economia e a visão de mercado futuro como pontos fortes na questão da ampliação de investimentos no PIM. “Além disso, é importante ressaltar que as empresas japonesas respondem por 25% de todo o faturamento do PIM, percentual razoável se considerarmos que existem cerca de 470 empresas atuando na região”, avaliou.
A região, entretanto, tem outras vantagens, segundo a opinião do vice-presidente da Pioneer, Kohei Takano, que investiu volume superior a R$ 26 milhões na nova unidade da fábrica, esperando um faturamento próximo a R$ 200 milhões este ano, cerca de 11% maior que os R$ 180 milhões obtidos no ano passado. O dirigente afirmou que a inauguração do novo espaço fabril, que possui 3.000 m² de área construída, dará capacidade à oferta de até 200 postos de trabalho e uma vazão de até um milhão de unidades produzidas, entre CDs e DVDs players automotivos.

Franca
expansão
A entrada de capital japonês no Amazonas parece de fato em franca expansão, já que entre 2004 e 2007, segundo dados da Suframa, a média de crescimento observada foi de 29,36% ao ano, embora a autarquia projete crescimento de 32% a partir da estimativa de investimento aguardada para este ano.
De acordo com Segawa, essa meta de investimentos para a capital amazonense será acompanhada da ampliação de novos postos de trabalho e chegada de novas empresas ainda no primeiro semestre.
Na opinião do prefeito Serafim Correa, a ampliação dos investimentos japoneses consolida o crescente intercâmbio de tecnologia industrial entre a capital amazonense e o Japão através do PIM. Sobre as expectativas para o primeiro semestre, o prefeito afirmou que é o momento para o qual espera uma relação comercial marcante entre as duas regiões, além de aprofundamento na parceria para desenvolvimento e emprego e renda.
Entretanto, apesar dos bons números, Serafim Correa mostrou-se preocupado com o crescimento da pirataria nos segmentos de informática e softwares, que gerou prejuízos na ordem de R$ 42 milhões ao Amazonas em 2007, corroendo o volume produtivo de empresas japonesas legalizadas atuantes no segmento. O prefeito observou ainda a importância do combate à falsificação para a geração de emprego e renda e atração de novas empresas para o setor, mas criticou o governo pela falta de acuidade em relação ao assunto. “A prefeitura não recebe apoio das secretarias estaduais no combate à pirataria, apesar dos pedidos insistentes. Seria importante observar que, se quisermos incentivar a chegada de novas empresas, todos têm de emcampar essa luta”, asseverou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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