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Câmbio alto favorece exportadores brasileiros

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Alta do dólar favorece empresas que competem no exterior, como a Embraer

O dólar mais caro está favorecendo empresas brasileiras com capacidade de competir no exterior, como a Embraer. Só no mês de fevereiro, o valor das exportações brasileiras de aviões saltou 151% e chegou a US$ 277 milhões.
O dólar acima de R$ 3 tem deixado as máquinas mais baratas para quem não mora no Brasil. A situação favorece os americanos, principais compradores desse tipo de avião.
“O jato executivo é uma ferramenta de produtividade. Em geral, quem compra são pessoas que fazem negócios e têm necessidade de mobilidade, como empresas de advogados, profissionais liberais ou empresas de médio porte”, diz Marco Túlio Pellegrini, executivo da Embraer.
Não chega a ser uma pechincha, mas no mercado, um jato que custa US$ 9 milhões é considerado barato e por causa do custo-benefício, o Phenom-300 se tornou o jatinho executivo compacto mais vendido no mundo. É como se a Embraer tivesse que entregar um avião desses a cada três dias.
A venda de jatos executivos no exterior tem permitido a Embraer a enfrentar a crise no Brasil. O número de pedidos não cresceu, mas o faturamento da empresa disparou por causa do dólar. Só em fevereiro, o valor das exportações brasileiras de aviões saltou 151% e chegou a US$ 277 milhões.
Para o economista Pedro Galdi, da Independent Research, os jatinhos deixaram a Embraer menos dependente das companhias aéreas e de investimentos militares.
“A aviação executiva foi um grande acerto que a empresa fez lá atrás, antevendo uma crise econômica que surgiu desde 2008. Hoje, eles representam em torno de 25% da receita, o que tem ajudado muito a manter a carteira de pedidos num patamar acima de US$ 20 bilhões”, explica Galdi.
A estratégia é um alívio para os trabalhadores da linha de produção, que não têm medo de demissões em época de cortes em toda a indústria nacional. “A gente tem um mercado muito bom nacional também, mas 90% das nossas entregas são feitas fora do Brasil”, diz o montador Marco Daniel dos Reis.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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