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Câmara aprova proposta que prorroga CPMF e mantém alíquota até 2011

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A proposta foi aprovada na Câmara dos Deputados, em primeiro turno, com 338 votos favoráveis, 117 contrários e 2 abstenções. A proposta precisa, agora, passar por dois turnos – com 308 votos favoráveis, no mínimo, em cada etapa, na Câmara. O segundo turno deve ocorrer na próxima semana.
Pelo regimento interno da Câmara, deve haver um intervalo de cinco sessões entre cada uma das votações. Depois de passar pela Câmara, a proposta segue para o Senado, onde também deve ser submetida a duas votações.
Como foram apresentadas 65 emendas aglutinativas ao texto, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP) marcou para sexta-feira (21/9) a análise dessas emendas. As sessões foram marcadas para as 10h e 16h.
Na terça-feira, o presidente Lula da Silva e seus aliados saíram em defesa da manutenção da cobrança da CPMF. Lula disse que nenhum partido conseguiria mais governar o país sem a cobrança da CPMF. “Nenhum governo do PMDB, do PSDB, do PT ou do DEM ou de qualquer outro partido conseguiria governar o país sem a CPMF”, disse Lula no lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento, da Funasa.
Num recado para a oposição, Lula afirmou que somente os “sem juízo” podem querer abrir mão da CPMF. “Qualquer pessoa de juízo, a não ser os que querem inviabilizar o país, sabe que não poderia abrir mão da CPMF”, disse.
No sábado, Lula admitiu que já foi contrário à cobrança da CPMF quando o PT era um partido de oposição. Em Madri, Lula afirmou que considerava normal a tentativa da oposição de barrar a prorrogação da cobrança do chamado imposto do cheque.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também foi a favor. “O que não pode deixar de acontecer é a aprovação da CPMF. Se não, acaba com o Bolsa Família. Dos quase R$ 40 bilhões (arrecadados com a CPMF), R$ 11 bilhões são do Bolsa Família. Quem quiser acabar com a CPMF quer acabar com o Bolsa Família”.
Mantida a alíquota de 0,38%, a cobrança da CPMF deve render aos cofres públicos cerca de R$ 39 bilhões no próximo ano.
De acordo com a reportagem, integrantes do PSDB, DEM e PPS tentaram usar mecanismos do regimento interno da Câmara para adiar a votação da matéria, como o encaminhamento de requerimentos. O Planalto colocou, no entanto, em ação todos os líderes da base aliada para conseguir apoio na votação e chegou a barganhar a aprovação da matéria. Partidos da base pediram aos líderes partidários a liberação de emendas, indicações para cargos e solicitações de setores específicos da economia em troca de apoio na votação da prorrogação da Contribuição Provisória.
O líder do governo na Câmara, José Múcio Monteiro (PTB-PE), afirmou que esse tipo de pressão era normal. “A pressão é normal. É o desejo dos partidos de serem parceiros do governo”, disse. Múcio não detalhou que tipo de pressão tem ocorrido.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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