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Calcário de Apuí no projeto governamental

Apuí é uma das cidades do sul do Amazonas que mais sofreu com o desmatamento, mas que agora começa a trabalhar seus projetos econômicos, com olhar voltado para a sustentabilidade. “É necessário vencer o tabu de que a mineração só degrada. Pelo contrário, com o calcário, por exemplo, podemos corrigir o solo e prepará-lo para a agropecuária e para o plantio de árvores nativas, num projeto político de reflorestamento. O calcário tem que ser visto como o braço forte do município”, disse o deputado.
Presidente da Comissão de Geodiversidade, Recursos Hídricos, Minas, Gás e Energia da ALE, o deputado Sinésio Campos disse aos munícipes que a extração do calcário precisa está perto do seu mercado consumidor. “Só assim ele fica mais barato, gera empregos, facilita a execução de grandes projetos de vocação do município e o faz crescer economicamente”, avaliou o parlamentar.
O secretário de Estado de Geodiversidade, Recursos Hídricos, Minas e Energia, Daniel Nava, que também marcou presença no encontro, disse que o governador Omar Aziz deu a missão de construir uma política mineral para o Amazonas, e que o calcário do sucunduri está dentro das metas de trabalho. Ocorre que a região do sucunduri está numa região de difícil acesso, que dificulta o acesso para escoamento do calcário explorado.
De um lado há uma região rochosa, de outro está o Parque Nacional do Juruena, que segundo a legislação, prevalece o regime de área intocável, segundo explicou o chefe da Unidade de Conservação Mosaico do Apuí, Isaac Theobald.
“Viemos ao município de Apuí para identificar a vontade das pessoas de fazer o projeto sair do papel. Nós avaliamos que ela existe. Agora essa missão não será fácil. Essa história vem desde a década de 70. Se fosse fácil alguém já teria feito. Se necessário vamos com todos os atores interessados buscar parcerias com o Ministério do Meio Ambiente”, disse o secretário Daniel Nava.
O prefeito do município, Marcos Maciel, disse da sua preocupação com o desenvolvimento do município por meio do calcário, uma vez que, 35% das áreas de campo de Apuí já estão degradadas, ou seja, de cada três propriedades do município, uma já está sem utilidade. “São áreas que precisam ser recuperadas com correção do solo, que só o calcário pode fazer”, disse o prefeito.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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