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Caixa aplicou R$ 37 bi no crédito rural. Quanto no Amazonas?

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Essa é a pergunta que nossos deputados estaduais, federais e senadores deveriam fazer para a Caixa Econômica Federal. Posso adiantar que ficarão surpresos com a resposta. Quase nada nesses oito anos que está atuando no agronegócio brasileiro. Isso não pode continuar! Isso é dinheiro para plantar, produzir, gerar emprego, riqueza, interiorizar nossa economia. No Amazonas, pouco vejo a CAIXA participar dos encontros do setor rural. Eu sempre cobrei a presença porque sei que tem recursos e condições de operar no Amazonas. Vai somar com o que já vem sendo feito pelo Banco do Brasil e Banco da Amazônia, vai proporcionar maior abrangência nas ações. Nos encontros em que participei, um deles no comitê do agronegócio FIEAM/FAEA, alegaram que não recebem projetos do setor primário. Não é bem assim, embora reconheça essa carência que deve melhorar com a convocação dos concursados do IDAM.

A safra 2020/2021 será o nono ano agrícola de atuação da Caixa no agronegócio. Neste período foram aplicados mais de R$ 37 bilhões em operações de crédito rural, destinados a quase 50 mil empreendimentos, atendendo aproximadamente 21 mil clientes pessoas físicas e jurídicas em mais de 1.220 municípios nas cinco regiões do país. Sugiro que algum parlamentar estadual ou federal pergunte da CAIXA quanto desses R$ 37 bilhões ficou para os produtores rurais do Amazonas. Recentemente, para a safra 2020/2021, a CAIXA anunciou que vai disponibilizar mais R$ 5 bilhões para o crédito rural. Vamos ficar calados? 

Em matéria publicada no Jornal do Commercio, o secretário de produção rural, Petrucio Magalhães, disse que as portas do Sistema SEPROR estão abertas para a CAIXA a fim de que esse dinheiro chegue, de fato, ao bolso do produtor. O presidente da FAEA, Muni Lourenço, destacou a importância da iniciativa, mas pediu menos burocracia.

O amigo Carlos Alberto, servidor do IDAM, grande conhecedor do tema “crédito rural” em nosso estado fez o seguinte comentário: “O portfólio de produtos oferecidos pela Caixa Econômica Federal não atende as necessidades de crédito rural no Amazonas, e nem é para o perfil de produtores que se predomina. Isso explica a quase inexistência da aplicação no estado do Amazonas”.

Mas é justamente isso que nossas autoridades precisam mudar junto a direção da CAIXA. Não faz sentido esse direcionamento no estado mais preservado do Brasil, um dos últimos no acesso a esse crédito e milhões sem emprego e sem ter o que comer diariamente. Se ficarmos calados esse portfólio jamais será mudado, jamais beneficiará nossos produtores rurais. É esse silêncio que não aceito dos nossos parlamentares.

Contudo, lembro que em 2013, mais precisamente no dia 19 de setembro, sete anos atrás, ainda na gestão do Eron Bezerra na SEPROR, e do Edimar Vizolli no IDAM, a superintendência da CAIXA procurou e assinou termo de cooperação técnica.

O que aconteceu nesse período? Quanto foi aplicado no Amazonas? Quantos produtores foram beneficiados? 

Espero que os nossos parlamentares coloquem em pauta a atuação da CAIXA no crédito rural do Amazonas

*Thomaz Antonio Perez da Silva Meirelles, servidor público federal aposentado, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected] 

Thomaz Meirelles

Servidor público federal aposentado, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected]
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