Os produtores de café deverão colher a terceira maior safra do grão neste ano. De acordo com o primeiro levantamento da safra do produto em 2022, divulgado em janeiro pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a produção esperada é de 55,7 milhões de sacas de 60 quilos. A estimativa, caso confirmada, representa um acréscimo de 16,8% em comparação a 2021. Esses números são motivo de comemoração para os brasileiros, pois o café é a bebida do Brasil, só perdendo em consumo para a água.
E, para não deixar passar em branco o Dia Mundial do Café (última quinta-feira, 14), resolvemos falar sobre essa bebida queridinha no mundo todo. Esse dia foi idealizado pela International Coffee Organization. Ah, e o Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo. Entre os países consumidores ficamos em 14º lugar atrás de países de clima frio, ou muito frio, da Europa, ou seja, o café quentinho serve para amenizar a temperatura daqueles amantes da bebida.
Em Manaus, quem quiser degustar cafés especiais quentinhos, e com variados sabores, pode fazer uma visita à Hon Café & Work (rua Salvador, 440, Ed. Soberane – Adrianópolis), dos irmãos empreendedores Fábio e Marcelo Guenka. Os irmãos pertencem à categoria de empreendedores que abriram seus empreendimentos meses, ou mesmo dias, antes do ‘fecha tudo’ da pandemia.
“Abrimos a cafeteria no dia 19 de março de 2020 e tivemos que fechá-la no dia 23. Voltamos a funcionar de junho a novembro e quando foi em janeiro de 2021, fechamos novamente, por causa da segunda onda da pandemia. Só reabrimos em fevereiro, e desde então temos permanecido abertos”, lembrou Marcelo.
Dona Paulina
Fábio e Marcelo trazem da infância uma saudosa lembrança do café, que talvez os tenha impulsionado a abrir a Hon Café.
“Nossa mãe, Paulina, todo dia nos acordava bem cedo e já nos fazia tomar café puro. Ela dizia, não sem um pouco de razão, que aquilo nos daria energia para o dia todo”, recordou Fábio.
Os anos se passaram e os meninos se tornaram homens, até hoje tomando o café de dona Paulina. Fábio se formou em administração, e Marcelo em engenharia de produção.
“Não aprendemos a fazer café com nossa mãe, mas as formações profissionais nos direcionaram no empreendimento, aí sim, tivemos que aprender não só a fazer um café bem feito, mas a conhecer bem mais sobre os cafés especiais”, completou Fábio.
Existem cerca de 124 espécies de café no mundo, mas somente duas são produzidas no Brasil, o arábica (70% da produção) e conilon (30%). Para este ano a estimativa é que se colha 38,80 milhões de sacas do arábica, e 22,30 milhões de sacas do conilon, de acordo com a empresa de consultoria Safras & Mercado.
“Aqui no Hon só servimos o arábica, no método coado, vindo diretamente de três grandes estados produtores: Minas Gerais, Paraná e São Paulo. No cardápio apresentamos os sabores Avelã, Catucai, Morango, Divina Mogiana, Salada de Fruta, e Flores Silvestres com as mais variadas notas sensoriais, e permanentemente teremos essa diversidade de sabores”, afirmou Fábio.
“Sempre gostamos de cafés especiais, então, nada mais justo que sirvamos para os clientes do Hon, o que há de melhor na produção cafeeira brasileira. Antes de abrir a cafeteria, fizemos um curso de barista e pesquisamos cafés, para aprofundar nossos conhecimentos, além de consultar amigos”, revelou Marcelo.
Objeto de desejo
A palavra Hon significa livro, em japonês, uma homenagem à ancestralidade de Fábio e Marcelo.
“Mas também porque facilita trabalhá-la como logomarca. Aqui no espaço oferecemos três ambientes distintos: na frente, o lounge, espaço confortável, com poltronas, para conversar ou ler um livro acompanhado de um bom café; na parte de trás fica o espaço corporativo, é um ambiente mais silencioso e tranquilo, com mesas individuais, onde se pode trabalhar e estudar tranquilamente no notebook; e na lateral, a área familiar, mais aberta e livre onde pais e filhos podem degustar de nosso cardápio de doces, salgados e cafés”, listou Marcelo.
Um dos maiores orgulhos dos dois irmãos é a máquina de café expresso da Hon, uma La Marzocco, objeto de desejo de todo proprietário de cafeteria. Fabricadas em Florença, na Itália, desde 1927, cada máquina é feita manualmente e leva em média três meses para ficar pronta. Do equipamento saem o café e o leite aquecidos por uma caldeira de aço inox cirúrgico controlada eletronicamente, o que mantêm a precisão e a consistência na temperatura das bebidas. É uma máquina para poucos.
“Aliamos os cafés especiais que servimos à disciplina nos procedimentos. Nós dois trabalhamos em empresas do Polo Industrial de Manaus, então montamos uma espécie de pequena linha de produção do café desde o pedido do cliente até a entrega para que ele o saboreie, sem falar que buscamos sempre a melhora contínua na qualidade dos produtos e serviços”, finalizou Fábio.
A Hon funciona de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 20h; e aos sábados, das 7h30 às 13h. Informações: 9 8123-9524.
