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Cachaça, cerveja e chopp manauaras invadem o mercado

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Degustar uma boa cachaça ou saborear uma cerveja gelada, com moderação, já faz parte da cultura de muitos brasileiros.

E atualmente o setor de bebidas artesanais está cada vez mais crescendo no país. No Amazonas, a Cervejaria Rio Negro e a Cachaçaria do Dedé estão, a cada ano, oferecendo o melhor da Cerveja Artesanal e da Cachaça para seus clientes.

Com apenas um ano com a sua bebida destilada sendo vendida para o público amazonense, a fábrica de Cerveja e Chopp Rio Negro, mas conhecido como Cervejaria Rio Negro, surgiu a partir de uma ideia entre três amigos em uma mesa de bar.

De acordo com um dos diretores da empresa, José Pereira Lima, a ideia era que o Estado tivesse uma cervejaria própria, uma vez que tentativas tenham acontecido antes, mas os investimentos foram passageiros. “Estávamos em um papo de bar com uns amigos empresários, quando unimos nossas forças para construir, fabricar, e o financiar a Cervejaria. Graças a Deus deu tudo certo”

Após essa reunião, a construção da fábrica da Cervejaria Rio Negro iniciou em 2011, mas a comercialização da sua cerveja, somente há um ano e cinco meses.

Há 30 anos trabalhando no ramo de cerveja, Lima ressalta que atualmente a cervejaria só está fabricando o chopp em barril, mas futuramente a empresa irá fabricar a cerveja em garrafa. “Para a cerveja em garrafa já temos as máquinas como o Rincser -para limpar as garrafas, o enchedor, e só está faltando chegar a rotuladora. Mas até o mês de maio estaremos produzindo a cerveja em garrafa”.

Chopp e sua fabricação
Sobre a matéria-prima para a fabricação do Chopp da Cervejaria Rio Negra, Lima explica que o processo leva o Malte, o Lúpulo, o fermento e a água que é retirado de 150 metros de profundidade do poço artesiano da própria cervejaria.

E entre os produtos que chamam a atenção do cliente, a cervejaria oferece o Chopp de Trigo, o claro e o escuro, no padrão Alemão. “Também produzimos o Chopp claro no padrão americano, que é o American White. Temos ainda o Chopp Prêmio e o Poulsen, os dois do puro malte. Todos de forma artesanal. E acredito que o diferencial da bebida artesanal para o industrializada é que obedecemos todas as receitas normais e os tempos na fabricação do nosso produto, que leva um mês para ficar pronto para o consumo” .

Lima explica que até ficar pronto, a fabricação do Choop inicia com a mistura à matéria- prima que é o malte de cevada ou malte de trigo. “Depois fazemos a moagem desse grão, ou seja, a mistura, que é a transformação do amido em açúcar fermentado. Em seguida, fazemos a filtração do mosto da casca do malte com o malte misturados, uma vez que só preciso do líquido. E separados, o líquido continua no processo da produção do chopp e o bagaço serve para a fabricação de ração animal. Então, esse mosto é fervido e recebe o lúpulo, que serve para amargar e dar o aroma e a característica da cerveja ou do chopp”.

E após esse processo, o mosto é resfriado e vai para um tanque, onde fica por sete dias fermentando. “Após essa fermentação, leva mais 15 a 20 dias em maturação, que é a incorporação de tudo que foi produzido na fermentação e, só assim, ele está pronto para ser consumido”, finaliza Lima.

Atualmente, a Cervejaria produz em média 40 mil litros por mês. Para sua iniciação, a empresa teve que investir mais de R$ 2.000,000.

Mesmo com pouco tempo ,a Cervejaria Rio Negro trabalha hoje com oito funcionários. Possui duas lojas, uma no Shopping ViaNorte e outra no Sumauma. Atende algumas choperias de Manaus, e chegou em alguns do municípios como: Itacoatiara, Presidente Figueiredo, Novo Airão e Manacapuru. “Estamos abastecendo 80 choperias.

E também fornecemos os nossos equipamentos, como chopeira, em Comodato (empréstimo) para o cliente, a um preço que ele possa negociar. “Estamos buscando parcerias, como em Tabatinga. Também estaremos abertos a franquias. E com a produção em garrafa, pretendemos vender para pequenos, médios e grandes supermercado”.

O valor do litro do chopp da Cervejaria é R$ 10 para o cliente em geral. E para entrar em contato com a empresa, o número é 3582 4336 ou pelas suas redes sociais Instagram e Facebook.

Pastel e Cachaça
A história da Cachaçaria do Dedé começou em uma barraca de pastel no Parque 10 de Novembro.
“A bebida surgiu quando eu tinha uma barraca de Pastel no bairro do parque Dez de Novembro. Nessa época conheci um amigo recém- formado em odontologia que montou o seu escritório em frente a minha barraca”.

E após desse primeiro encontro, Dedé ficou muito amigo do jovem que lhe levava cachaças trazidas de Minas Gerais, sua cidade natal. “E após três anos que o conhecia, meu amigo adoeceu em decorrência de um tumor no cérebro. Passou uns seis meses doente lá em Belo Horizonte, Minas Gerais. E quando fui visitá-lo, acabei conhecendo o grande mercado daquele Estado e também os alambiques produtores de Cachaça. Quando retornei para Manaus, após a morte do meu amigo, decidi vender cachaça na pastelaria, que tinha o nome oficial de Esquina do Pastel. Foi com o tempo, o meu apelido Dede, diminuitivo do meu nome André, unindo com a cachaça vendida na pastelaria, batizaram o comércio de Cachaçaria do Dedé, que está até hoje “, lembrou emocionado o empresário.

Cachaçaria do Dede é dona de cerveja e cachaças artesanais
Outra empresa genuinamente amazonense e que está, cada vez mais se consolidando no setor de bebidas, é a Cachaçaria do Dedé.
Com 26 anos de existência e três unidades em Manaus, a cachaçaria já ganhou o país ao ter a sua marca franqueada para Belém, Fortaleza e Uberlândia.
Atualmente, segundo um dos sócios da empresa, André Parente, mas conhecido como Dedé, a cachaçaria trabalha como 1.014 marcas e algumas delas são fabricadas pela própria empresa.
Há 5 anos Dedé firmou uma parceria com pequeno alambique que fica na cidade de Papagaios, em Minas Gerais, onde acontece todo processo de fabricação das nossas cachaças. E com umas delas, há dois anos, ganhou uma medalha de prata. E há quatro anos, a empresa lançou a cachaça de Jambucana, feita com Jambu. “Eu fui em Maués e consegui em uma tribo indígena, o extrato do guaraná sem ele está doce”.
E segundo Dedé, hoje a cachaça representa 2% do movimento da empresa, o que reflete a venda de 400 mil litros de cachaça por mês. “Na nossa carta de cachaça, o cliente tem direito de degustar umas dessas da nossa adega. Ele pode pagar de R$ 10 a R$ 180, dependendo do seu gosto e disponibilidade de investimento”.

Linha de Cerveja
A Cachaçaria do Dedé também produz três tipos de cervejas: a Weiss, que é uma cerveja feita com trigo; a Dunkel, feita como malte torrado que fica com gosto de uma achocolatado meio amargo, e a Pilsen Prêmio, todas fabricadas pela primeira micro cervejaria do Brasil, nascida em 1997 em Minas Gerais, trazida ao país pela família australiana Krueger Beer.

“A nossa cerveja é produzida pelo mestre cervejeiro que é da quarta família desses Australianos, que também tem a sua cervejaria em seu país até hoje”.

A long neck das cervejas custa R$10 e a garrafa no tamanho standard custa R$ 16,90 e R$ 18,90.

Futuro da Cachaçaria
Para este ano, a Cachaçaria do Dedé irá realizar a sua segunda edição do Oktoberfest do Dedé, uma tradicional festa alemã que agita os amantes cervejeiros. A festa será realizada em todas as seis unidades da empresa. E também, a empresa irá lançar, até junho deste ano, a Jambucana com a essência do Guaraná.

Para acompanhar uma boa dose de cachaça e uma cervejinha gelada, o cliente da Cacharia do Dedé & Empório do Manauara Shopping pode saborear as pimentas, azeites, bacalhau e ospeixes da Amazônia vendidos no local.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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