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Bumbás de Parintins 1, varejo de Manaus 0

O comércio de Manaus amargou queda de pelo menos 30% nas vendas no período do Festival Folclórico de Parintins. O tombo foi maior na sexta-feira, 25, dia de jogo do Brasil contra Portugal, na Copa do Mundo. Empresários e gerentes de lojas do Centro afirmam que, embora a queda já fosse prevista para este período, o tombo foi muito maior do que o esperado.
“O movimento reduz substancialmente no fim-de-semana do festival. Este ano ainda coincidiu com o jogo do Brasil. É muito difícil retomar o ritmo à tarde com o jogo pela manhã. Muitos lojistas nem abriram pela tarde”, avaliou o presidente da Fecomércio/AM (Federação do Comércio do Estado do Amazonas), José Roberto Tadros.
O gerente da loja Shoping do Pé da Eduardo Ribeiro, João Pedro Martins, disse que devido às pessoas estarem indo mais cedo para Parintins, o comércio começou a esvaziar uma semana antes do evento. “Antes, as pessoas deixavam para viajar em cima da hora. Hoje, elas planejam melhor e fazem tudo antecipadamente, partindo até uma semana antes dos festejos, deixando a cidade quase vazia. Consequentemente, estamos sentindo uma brusca queda nas vendas”, lamentou.
Martins acrescentou que o movimento do ano passado foi bem melhor, e que junho está sendo um dos piores meses que o gerente da loja presenciou em dez anos na função. “No nosso ramo de calçados, calculo que a queda este ano esteja em torno de 60% com relação ao mesmo período do ano passado”, arriscou.
O gerente de vendas das lojas Insinuante, Airton César, concorda que o comércio foi seriamente abatido pela fuga do consumidor para as festas de Parintins. “Com o deslocamento da população de Manaus, estamos sentindo uma queda em nossas vendas. Mas, a Copa do Mundo está aliviando esta queda, pois as vendas de eletroeletrônicos, principalmente telões de alta definição, estão suprindo consideravelmente esse vazio”, amenizou.
No festival do ano passado, segundo Airton César, o panorama foi bem pior. “Não houve Copa. Neste ano, estamos sentindo certo esvaziamento no comércio, mas as vendas continuam estáveis. A primeira quinzena foi excelente, tanto que em junho já alcançamos 45% de aumento nas vendas”, salientou.
Para o presidente da FCDL/AM (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Amazonas), Ralph Assayag, apesar do impacto dos Bumbás, o varejo vai fechar no azul neste mês. “O mês foi muito bom, principalmente na venda de produtos da Copa. O fraco movimento foi e será compensado”, finalizou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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