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Brasileiro abre as portas para hostels

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A hospedagem está entre os principais itens na lista de quem planeja um mês de férias bem sucedido. Em um período de crise econômica, além de diversão garantida, os apaixonados por viagens sempre buscam um bom lugar que agrega conforto e custo-benefício. E dentro desse contexto, Manaus tem apresentado ótimos hostels como opções econômicas.

Dona do Local Hostel em Manaus, no centro da cidade, a empresária Camila Gonçalves, conta que nos últimos  anos em Manaus, a procura de turistas brasileiros por esse novo modelo tem crescido consideravelmente, mas destacou que o uso por turistas estrangeiro ainda predomina.

“Sentimos uma demanda crescente por pessoas que buscam ‘experiência’, ainda mais quando falamos de pessoas que buscam hostels como meio de hospedagem. O brasileiro está aceitando cada vez mais o conceito. Antes, havia aquele medo de ambiente bagunçado, sujo com problemas de segurança. Logo que abrimos era disparado o recebimento de europeus. Agora está mais balanceada com brasileiros que aparecem em época das férias de dezembro e julho”, disse.

Há quatro anos no mercado, Camila explica que o objetivo deste estilo de hospedagem é oferecer ao turista, um ambiente totalmente interativo, com espaços projetados estrategicamente para gerar uma maior socialização entre os hóspedes.

“Nada melhor do que ficar em um hostel e poder desfrutar da companhia de várias pessoas diferentes e dividir um roteiro e trocar dicas de viagens. Dificilmente você irá encontrar nas nossas redes sociais fotos de nossos quartos e dormitórios. Não vendemos camas. Vendemos experiências e sonhos” frisou.

O uso dos hostels, permite o hóspede conhecer pessoas do mundo inteiro enquanto está tomando o café da manhã ou encontrar uma companhia para visitar os pontos turísticos da cidade ou compartilhar experiências nos melhores roteiros de viagens. É essa filosofia de hospedagem que a empresária busca oferecer aos turistas que procuram o Local Hostel Manaus.

“É isso que as pessoas buscam. A opção de escolher esse local não se dá apenas pelo fato de ser um preço mais barato, vai muito além, é a experiência que podemos proporcionar. As pessoas têm buscado viagens que gerem valor, querem sentir as pessoas daquele lugar, conhecer a história, entender e viver a cultura daquele espaço”, disse.

Perfil

O perfil de hóspedes são mochileiros que querem gastar pouco e ainda interagir com as pessoas, e o principal marketing é o “storytelling”, sigla em inglês que significa contar histórias.  O local proporciona programação bem animada com shows de artistas locais e pequenos eventos internos como bazar, palestra e rodas de conversa, proporcionando, a interação entre pessoas locais e turistas.

“Contamos histórias das pessoas que passam por aqui. Estamos sempre cheios de pessoas com milhares de histórias incríveis para contar. E isso enche os olhos do viajante que está buscando um lugar para se hospedar, ele quer viver aquela mesma história. Ele sai inspirado e decidido a ficar com a gente”, disse.

Com um preço entre R$ 45 e R$ 173,  a infraestrutura possui cozinha compartilhada, computadores disponíveis para, sala de TV, sinuca, churrasqueira, água de graça, Wi-Fi e horta comunitária.  Além das camas nos dormitórios possuírem cortina, lâmpada, bagageiro e tomada individual. “Junto a isso, o Local Hostel foi todo projetado para atender as necessidades dos viajantes. Oferecemos tanto dormitórios compartilhados, como quartos privativos e com todo a infraestrutura necessária que um viajante precisa”, destacou.

Sustentabilidade

A empresária explica, que o grande valor do hostel é a sustentabilidade, com camas fabricadas feitas com madeira de selo verde e decoração criada com paletes e materiais reutilizados. Além de possuir uma horta comunitária e a não utilização de canudos, copos descartáveis e garrafas de plástico. Tudo isso gera muito valor para o hóspede. “As pessoas estão vindo com um olhar diferente, de preservação, ainda mais se tratando de hostel que está imerso na floresta Amazônica. Como morar/trabalhar aqui e não pensar na preservação da floresta?”, explicou.

Quanto a crise econômica que afetou o setor em todo o Brasil, Camila conta que tem buscado todas as novas tendências no mercado, com o objetivo de atender a realidade do consumidor brasileiro. “Não ficamos de braços cruzados vendo ela chegar, entendemos que a economia compartilhada é a nova tendência e desde então fazemos parcerias com pessoas, instituições e empresas. Trazemos eventos para dentro do hostel, oferecemos o nosso espaço para empresas e pessoas que estão precisando”, disse.
Dono da Iguana Turismo, o empresário Wilson de Oliveira Castro Neto, destacou que muitas agências de turismo e hostels, têm se adequado à situação econômica do brasileiro e ao perfil do novo turista, com o intuito de atrair o público que está cada vez mais exigente com as qualidades dos serviços. “Estamos nos adquando ao mercado interno para atrair mais os turistas do Brasil para a nossa cidade. Estamos nos adaptando a situação econômica do país e das pessoas, fazendo passeio mais curtos ou tentando fazer promoção em grupo, porque quanto maior o número de pessoas, mais fácil fica fisgar esse público”, disse. De acordo com Neto, em Manaus, o perfil dos turistas que está muito em destaque nesse início de férias de julho, são jovens solteiros entre 20 a 30 anos e pessoas em lua de mel, principalmente de outras nacionalidades. ” Estamos nos adequando mais ao público estrangeiro atraindo-os com preços melhores de acordo com a realidade deles. E muito do nosso público é atraído pelas redes sociais. Aos poucos os turistas nacionais estão se adequando à realidade dos hostels e dos nossos serviços de turismo”, destacou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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