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Brasil supera Rússia e fica em 4º na preferência de investidores

O Brasil superou a Rússia e ficou em 4º lugar na preferência dos executivos de empresas entrangeiras como destino de investimentos diretos até 2011, segundo o relatório “World Investment Prospects Survey – 2009” (“Pesquisa Sobre Perspectivas de Investimento Mundial – 2009”, em tradução livre), divulgado na quarta-feira pela Unctad (Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento).
A China, por sua vez, liderou o ranking mais uma vez, e os Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China) continuam a ocupar o topo da classificação. No relatório do ano passado, a Índia ocupava a segunda posição, mas o documento apresentado hoje mostra que foi desbancada pelos Estados Unidos -que estavam em terceiro lugar no ano passado.
O relatório, elaborado a partir de consultas a executivos de 241 empresas multinacionais, aponta que metade dos entrevistados espera que a retomada tenha início no próximo ano e que os níveis de investimento em 2011 superem os de 2008 -quando o fluxo chegou a cerca de US$ 1.4 trilhão.
Em relação à América Latina, o documento destaca que a região fica em segundo lugar na preferência das empresas estrangeiras, por ter se mostrado “bastante resistente” frente à queda nos investimentos diretos estrangeiros no ano passado. “Apesar das perspectivas limitadas de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), os executivos entrevistados manifestaram opiniões bastante positivas sobre a região”, diz o documento. “Uma parcela relativamente grande das empresas informaram sobre seus planos de aumentar seus investimentos na região nos próximos três anos”.
Na região, o recebimento de investimentos deve ser maior no Brasil, México, Chile e Peru, nessa ordem.
Os executivos entrevistados para a elaboração do documento citaram o crescimento dos mercados dos países emergentes, além da oferta de mão de obra barata e, em alguns casos, o acesso aos recursos naturais. No caso dos países desenvolvidos, os principais atrativos são o ambiente para negócios e a força dos mercados.
De acordo com dados divulgados em maio pela Unctad, o fluxo de investimentos diretos estrangeiros caiu 54% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2008. Para este ano, segundo o relatório de hoje, 58% dos entrevistados reduziram suas estimativas de investimentos.
“O cenário para este ano é assustador, em comparação com o longo prazo, em 2010 e 2011”, disse o diretor da divisão de investimentos da Unctad, James Zhan.
A retomada desses investimentos deve começar no próximo ano e ganhar velocidade em 2011, segundo a Unctad. Mesmo assim, o setor manufatureiro -duramente atingido pela atual crise econômica mundial, que ganhou força em setembro do ano passado após a quebra do banco americano Lehman Brothers– provavelmente terá um papel secundário nessa retomada. Os executivos também temem um crescimento do protecionismo. “As perspectivas para investimentos diretos estrangeiros no setor primário -mineração, agricultura- e no setor de serviços devem permanecer positivas nos próximos anos, mas as perspectivas para as manufaturas são menos otimistas”, afirmou Zhan.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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