Os governos e empresas de Brasil e Holanda debateram na quinta-feira, em Amsterdã (Holanda), a criação de um grupo de trabalho bilateral para certificar a origem sustentável dos biocombustíveis.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e companhias brasileiras se reuniram com cerca de 15 representantes das principais empresas holandesas e com a ministra da Economia da Holanda, Maria van der Hoeven, para repassar as possibilidades de cooperação econômica entre os dois países.
Após o encontro, Van der Hoeven disse aos jornalistas que Lula ressaltou que se deve levar em conta a nova imagem do Brasil, um país que mudou e se modernizou muito nos últimos anos.
Em entrevista coletiva após a reunião, a ministra holandesa destacou que houve uma posição unânime de criar o grupo de trabalho bilateral para trabalhar na certificação “verde” dos biocombustíveis, mas ainda não há um acordo definitivo.
A certificação dos biocombustíveis é “muito importante” para a Holanda garantir que são produzidos de forma sustentável, afirmou Van der Hoeven, que acrescentou que esses certificados ajudariam o bi-ocombustível do Basil a encontrar mercados externos.
Nem Lula nem a delegação brasileira se pronunciaram depois da reunião. À noite, o presidente participou de um jantar com a rainha Beatriz, encerrando o primeiro dia de uma visita oficial de dois dias.
O presidente da Confederação das Indústrias e Empregadores da Holanda (VNO-NCW), Bernard Wientjes, disse que Lula insistiu em que o aumento da produção de biocombustíveis não está relacionado com o encarecimento do preço dos alimentos em nível mundial nos últimos meses.
Wientjes destacou que, no Brasil, apenas uma pequena parte da terra é dedicada a plantações desse tipo, e que a fabricação de álcool a partir da cana-de-açúcar (como faz o Brasil) não prejudica a produção de alimentos.
O presidente da VNO-NCW avaliou positivamente o encontro, porque as empresas holandesas perceberam a sinalização de que continua havendo possibilidades de investir no Brasil.
Lula também teria dito a eles que é preciso “modernizar os impostos” e tornar o sistema fiscal mais atraente para as empresas, segundo Wientjes. O presidente anunciou que em breve haverá investimentos nos sistemas de portos e ferrovias no Brasil, onde as empresas holandesas terão mais possibilidades.
O ministro holandês do Comércio Exterior, Frank Heemskerk, disse que uma delegação de empresas holandesas visitará o Brasil na próxima semana e debaterá aspectos relacionados a portos, a biocombustíveis e o papel do porto de Roterdã nesse contexto.
Brasil e Holanda querem certificação para origem de biocombustíveis
Redação
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