As perspectivas positivas em relação ao crescimento do país, assim como a crescente solidez das políticas econômicas adotadas nos últimos anos, tornaram o Brasil um grande receptor de investimentos estrangeiros diretos (IED).
Tanto que o volume de ingressos líquidos do IED de junho deste ano, de US$ 10,3 bilhões, foi recorde, tendo superado consideravelmente o segundo maior resultado, registrado em agosto de 2004, que foi de US$ 6,1 bilhões.
No período compreendido entre agosto do ano passado e agosto de 2007, a entrada de capital estrangeiro somou US$ 35,1 bilhões.
Entre os principais motivos que explicam o movimento de recursos em direção ao mercado brasileiro estão a longa fase de abundante liquidez e crescimento econômico internacional.
Inflação estabilizada é fator de ajuda
Os cenários de aceleração do crescimento do país e de estabilização da inflação, aliados à política de aumento das reservas internacionais e de redução da dívida externa, são contribuições para o quadro econômico positivo do Brasil, evidenciando o acerto nas diretrizes tomadas pelo governo federal nos últimos tempos.
Diante do quadro, o Brasil tem revelado capacidade para resistir a quadros externos adversos, como aconteceu na recente turbulência no cenário internacional motivada pela crise do mercado imobiliário norte-americano.
Tanto que a agência de classificação de risco Moody´s, mesmo diante daquele cenário, elevou a classificação de risco da dívida externa soberana de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil para apenas um nível abaixo do grau de investimento.
Isso prova que o país está, inclusive, numa situação mais favorável ao enfrentamento de eventuais crises se compararmos outras economias emergentes.