Os mercados enfrentaram nova jornada global de perdas, em um cenário marcado ainda pelas incertezas sobre o problema dos créditos imobiliários “subprimes” (maior risco) americanos. A Bolsa brasileira teve uma jornada atípica, em dia de vencimento de opções.
O Ibovespa, índice da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), encerrou o pregão com perdas de 3,19%, aos 49.285 pontos, a menor pontuação desde o dia 30 de abril deste ano. O volume financeiro atingiu R$ 18,4 bilhões, inflado pelo vencimento de opções.
Na Ásia, a Bolsa de Tóquio recuou 2,19% e as ações voltaram aos níveis de preços de 8 meses atrás. Na Europa, os pregões de Londres e Paris cederam 0,565 e 0,66%, respectivamente. Nos EUA, a Bolsa de Nova York, a principal referência externa para os negócios no Brasil, retraiu 1,28%. Por enquanto, ainda é possível encontrar analistas no mercado relativamente otimistas sobre a continuidade da crise. Para uma corrente do mercado, aparentemente majoritária, a Bolsa brasileira deve sofrer com os solavancos dos pregões americanos, mas vai se beneficiar de uma situação econômica mais confortável no médio prazo. “Os bancos centrais mostraram que estão atentos ao problema, o que já traz uma tranquilidade maior. Ainda é cedo para falar em um contágio da economia global”, afirma Álvaro Bandeira, diretor da corretora Ágora Senior.
Os investidores tomaram um “susto” quando a gigante do varejo mundial Wal-Mart rebaixou sua perspectiva de lucros para este ano, alegando que seus consumidores podem enfrentar dificuldades financeiras nos próximos meses. Para economistas de bancos e corretoras, foi o sinal vermelho para uma possível contaminação da economia “real” dos problemas enfrentados no sistema financeiro.
Bovespa fecha em queda de 3,19% e aponta recuo
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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