ABovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) teve um dia instável e “descolou” de sua habitual referência externa, o mercado americano, puxada pela valorização dos papéis “carro-chefe” do pregão brasileiro: as ações da Vale do Rio Doce.
O Ibovespa, principal indicador da Bovespa, valorizou 0,23% no encerramento, aos 52.858 pontos. O volume financeiro foi de R$ 4,18 bilhões. Os mercados mundiais foram afetados pela tensão com os problemas da economia americana. Investidores contam os dias para a reunião com integrantes do Federal Reserve (banco central dos EUA), quando será decidida a nova taxa básica de juros desse país.
Investidores e analistas “torcem” por uma redução de pelo menos 0,25 ponto percentual -para 5% ao ano- já que um afrouxamento da política monetária da maior economia do planeta é vista como a saída mais rápida para as recentes turbulências financeiras que arrastaram as Bolsas de Valores globais.
O relativo otimismo de que o Fed vai cortar os juros na reunião do dia 18, no entanto, ganha ou perde força a cada indicador econômico. O governo americano divulgou uma estimativa prévia para o crescimento do PIB no segundo trimestre: 4%, que aumentou as incertezas dos investidores.
“O Fed está em uma situação bastante delicada e muito menos trivial do que os mercados apontam em sua curva de juros”, comenta o economista-chefe da corretora Ativa, Arthur Carvalho, em comentário distribuído nesta semana. A Bolsa brasileira descolou um pouco do estresse nas Bolsas americanas, em cima das ações da Vale do Rio Doce. A equipe de analistas da corretora SLW atribuem à alta de quinta-feira ao fato de que a empresa deve desdobrar suas ações, aumentando a circulação dos seus papéis na Bolsa e aumentando a influência sobre o mercado.
O dólar comercial foi negociado a R$ 1,974 para venda, em alta de 0,35%, nos últimos negócios de quinta-feira. Os negócios com a moeda americana foram bastante instáveis e a cotação oscilou entre a taxa máxima de R$ 1,993 e a mínima de R$ 1,959.
Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado a R$ 2,100 para venda, com decréscimo de 0,47% sobre a cotação final. O Banco Central continua ausente do mercado de câmbio, sem realizar o habitual leilão de compra de moeda promovido diariamente nos últimos meses.
Corretores atribuíram a recuperação da moeda ao fluxo regular dos bancos. Grandes instituições estrangeiras, que precisam remeter recursos para o exterior, têm feito operações tanto no mercado à vista quanto no mercado futuro, que por vezes puxam o valor da moeda americana próximo ao horário de encerramento dos negócios. Pelo lado financeiro, afirmam os corretores, que o fluxo está um pouco debilitado.
Bolsa de Valores de Paulo, em dia instável, fecha em alta de 0,23%
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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