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BNDES quer emprestar R$ 30 bi a menos em 2011

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) espera que as novas normas de financiamento privado de longo prazo ajudem o banco a reduzir em R$ 30 bilhões o volume de empréstimos neste ano. “O volume de projetos aprovados, que somam perto de R$ 190 bilhões, significaria chegar ao final do ano a algo em torno de R$ 165 bilhões. Não é o nosso objetivo”, afirmou ontem o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, durante evento da Anbima (associação de entidades dos mercados financeiro e de capitais) sobre fundos de investimento.
Coutinho reafirmou que o sucesso do BNDES neste ano será a a moderação, e não a ampliação do volume emprestado. Ele prevê uma alta de 8% a 10% nos investimentos do país neste ano. “Temos um desafio de (financiamento privado) de R$ 200 bilhões. Mas isso não acontece da noite para o dia. Num horizonte próximo, acho esse número (R$ 30 bilhões) realista”, disse o economista Armando Castelar, no mesmo evento.

Demanda adicional

No primeiro trimestre do ano, segundo Coutinho, o banco já observou uma queda nos financiamentos em relação ao ano passado, apesar de uma demanda adicional relacionada ao fim do PSI (Programa de Sustentação do Investimento). A expectativa é de uma redução maior no segundo trimestre.
As afirmações do presidente do banco foram feitas na apresentação oficial das normas do Novo Mercado de Renda Fixa no Brasil.
A Anbima apresentou o novo aparato institucional que busca ampliar a emissão de títulos privados. A medida é necessária para garantir investimentos no país.
As normas do Novo Mercado preveem, por exemplo, nível mínimo de pulverização, baixo valor unitário, além de normas de governança nos moldes do Novo Mercado da Bolsa. A Anbima espera ter as primeiras emissões no Novo Mercado ainda neste ano.
A maior dúvida, entretanto, ainda se refere aos mecanismos para dar liquidez a esse mercado. A formatação dos fundos que devem garantir mais possibilidades de negociação dos títulos e um mercado secundário eficiente ainda está em discussão.
O novo aparato contempla dois fundos: um para promover a liquidez e outro para garantir maior possibilidade de negociação dos títulos em casos de falta de liquidez. Restam dúvidas de como eles seriam implementados na prática e sobre as fontes de recursos.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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