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Black Friday em lojas físicas morna em vendas

Black Friday em lojas físicas morna em vendas

Confirmando as estimativas, a Black Friday deste ano não aqueceu o comércio. O volume de vendas nas lojas físicas cravaram 3%, número que já era esperado por representantes do setor. Por outro lado, houve aumento das vendas online entre 6% a 7%. De acordo com a CDL-Manaus, por conta da pandemia, muitas lojas se preparam para vender pela internet.

Em relação às vendas presenciais, o presidente da entidade, Ralph Assayag explica que algumas lojas superaram outras não obtiveram o resultado esperado. Sobre o nível de insatisfação do consumidor ele evidencia que as pessoas esperavam  uma movimentação grande tanto na região central quanto nos shoppings com estacionamentos liberados, incentivos durante a madrugada, situações vivenciadas no ano passado.

“Esse ano nós não podíamos realizar esse tipo de campanha porque tinha um decreto impedindo algum tipo de situação que pudesse gerar grande volume de pessoas dentro das lojas.

Já em relação às reclamações, ele diz que as pessoas esperavam preços mais acessíveis e uma oferta maior de produtos. A princípio, o setor estava preparado, mas como ele informou – com o decreto do governo do estado não era permitido qualquer tipo de evento que gerasse volume de aglomeração.  A determinação é prevista no artigo 9º, do Decreto Estadual n⁰ 42.330, de 28 de maio de 2020, que restringe o número de consumidores nos estabelecimentos a 50% da capacidade.  Como forma de manter as vendas no período promocional e sem prejudicar os comerciantes, a comissão de enfrentamento à Covid-19, orienta que sejam adotadas práticas de vendas virtual, por meio de e-commerce e drive-thru, minimizando a circulação e aglomeração de pessoas.

“Nós orientamos os lojistas que não fizessem qualquer tipo de campanha porque se não estivéssemos cumprindo adequadamente o decreto estadual nós teríamos uma situação complicada no Natal com medidas mais duras pelo possível aumento dos números de caos e mortes por conta da Covid -19”. Ele ressalta que o Natal é uma data muito maior que a Black Friday. “Então era muito melhor que nós agíssemos  respeitosamente nesse momento para que nós não perdêssemos o Natal”.

Contratações

O dirigente ressalta ainda que as contratações temporárias, que geralmente  acontecem no período, foram freadas e não houve recrutamento para a data. Situação atípica em relação aos últimos quatro anos. “Nos últimos cinco anos as nossas contratações começaram no dia 1 de novembro para nos preparar para a Black Friday em seguida para as festas de fim de ano e geralmente contratava-se entre 4 a 5 mil pessoas.  Neste ano, a contratação de pessoas que iam sendo chamadas exclusivamente para estas três datas festivas precisou diminuir o volume. Vamos ter entre 2,5 mil pessoas. O que significa 50% menos que no ano passado”.

Abertura de lojas 

Apesar deste ponto negativo, por outro lado, o presidente da CDL-Manaus, comemora. Ele diz que o setor teve a abertura de mais 28 novos estabelecimentos que trouxeram a contratação não de temporários, mas de efetivados. “Com isso, nós devemos ter contratado e efetivado em torno de 1,2 mil pessoas. Uma grande diferença bem grande”. 

Outros números

Em matéria publicada no site da Agência Brasil, o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio – Black Friday, indica que as vendas em lojas de rua e shopping centers de todo o país no fim de semana da Black Friday (27 a 29 de novembro de 2020) tiveram aumento de 6,1%, com relação ao mesmo período do ano anterior. É a primeira vez no ano que uma data comemorativa do varejo registra crescimento na comparação anual. Também houve ligeiro crescimento de 0,6% na semana de 23 a 27 de novembro, na análise com 25 a 29 do mesmo mês em 2019.

Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, os números positivos mostram uma melhora no varejo no segundo semestre, tendência que havia sido indicada pelos resultados do Dia das Crianças. “A reabertura do comércio e o aumento da massa de renda da população, com a liberação da primeira parcela do 13º salário, ajudaram a registrar índices positivos pela primeira vez em 2020. A retomada das atividades econômicas se refletiu numa melhora gradual, até termos o dado da Black Friday”, diz Rabi.

O economista também faz um alerta. “Apesar do bom crescimento, o resultado é o pior dos últimos três anos, reflexo do atual cenário de desemprego alto e redução pela metade do auxílio emergencial. A situação está melhor do que no início da pandemia, mas é preciso ter cautela e aguardar outros resultados para sinalizarmos uma retomada mais acelerada da economia”, finaliza Rabi.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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