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Bird eleva número de miseráveis nos países em desenvolvimento

O Banco Mundial informou, em estudo publicado, que existem mais miseráveis do que se imaginava nos países em desenvolvimento. Segundo a pesquisa, 1,4 bilhão de pessoas vivem com menos de US$ 1.25 por dia. A diferença na conta de pobres se deveu a uma nova medida de linha da pobreza adotada, que elevou a margem de pobreza de US$ 1 para US$ 1.25.
A instituição explica que o novo cálculo da linha da pobreza ocorreu pela inclusão de novos dados na pesquisa, que agora levam em consideração informações de custo de vida coletadas até o ano de 2005 -a margem de US$ 1 considerava dados colhidos até 1993.
Os dados são baseados no ICP (Programa Internacional de Comparações, na sigla em inglês).
“As novas estimativas são um grande avanço na medição da pobreza porque são baseadas em dados muito melhores sobre preços para garantir que as linhas de pobreza sejam comparáveis entre os países”, disse o diretor do grupo de desenvolvimento de pesquisas do banco, Martin Ravallion. “Dados de pesquisas domiciliares também melhoraram em termos de cobertura de cada país, acesso a dados e dados por períodos”.
Segundo a margem antiga, eram 985 milhões de pessoas em 2005. No estudo, o Banco Mundial alerta, porém, que apesar do novo cálculo, os dados não consideram a disparada dos preços dos alimentos e dos combustíveis ocorrida recentemente.
O estudo aponta que, com exceção da China, o número de miseráveis cresceu nos últimos 25 anos, inclusive na América Latina. O Bird alerta que, em termos absolutos, até mesmo a Índia, modelo de crescimento, tem mais pobres hoje que em 1981. Para determinar a nova margem de US$ 1.25, o Banco Mundial explica que ouviu um número maior de pessoas em 116 países.
Ao se considerar as novas estimativas, o banco destaca que o mundo em desenvolvimento ainda está no caminho para reduzir pela metade, até 2015, os níveis da pobreza extrema de 1990 -que é a primeira das Metas do Milênio, o conjunto de diretrizes fixadas pela ONU que incluem ainda a redução da mortalidade infantil e a garantia da sustentabilidade ambiental, entre outros objetivos.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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