Pesquisar
Close this search box.

Bernardo defende taxa sobre a poupança e diz que vai impactar poucos

O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) disse ontem que é preciso mudar o rendimento da poupança pensando no “médio e longo prazo”. Para Bernardo, as taxas de juros deverão continuar caindo.
“Vamos ter no próximo governo taxas (reais) de 2%, 2,5%”, disse, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Bernardo admitiu que a proposta do governo de taxar o rendimento de aplicações acima de R$ 50 mil para tornar a poupança menos atraente a grandes investidores pode não surtir efeito com taxas de juros mais baixas, já que o rendimento da poupança é, por lei, 6,17% mais TR.
“Talvez lá na frente tenhamos que discutir outra coisa. Temos que fazer esse debate”, afirmou
O ministro disse que não há previsão de arrecadação com a cobrança de Imposto de Renda sobre a poupança, mas disse que deverá ser pouca, já que o número de cadernetas com mais de R$ 50 mil é pequeno.
“A poupança vai continuar com todas as garantias que ela tem, 99% das cadernetas continuarão do jeito que estão hoje. Vai haver uma mudança para um pequeno número de aplicadores”, reiterou.
Bernardo disse ainda que o governo fará um trabalho de convencimento no Congresso Nacional para a aprovação do projeto. O ministro Guido Mantega (Fazenda) disse que o projeto que taxa rendimentos de aplicações acima de R$ 50 mil deverá ser enviado ao Congresso Nacional ainda nesta semana.
O ministro Guido Mantega (Fazenda) disse que a alíquota do Imposto de Renda sobre o rendimento de poupanças com mais de R$ 50 mil será de 22,5%.
Ele frisou, porém, que a alíquota só incide sobre o rendimento do que ultrapassar esse limite. Por exemplo: quem tem R$ 60 mil na poupança, pagará o IR sobre o rendimento dos R$ 10 mil que excedem o limite de R$ 50 mil.
O ministro disse ainda que o governo não mudará a tributação dos fundos de investimentos neste ano, como foi cogitado.
De acordo com o ministro Guido Mantega, não houve a migração de recursos dos fundos para a poupança como se imaginava com a queda da Selic.
“Não há necessidade porque o mercado ficou bastante estável. Não há necessidade de se diminuir o tributo neste ano”, completou Mantega.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar