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Bernanke afirma que taxas de juros baixas ainda são necessárias

O presidente do banco central dos EUA (o Federal Reserve), Ben Bernanke, afirmou ontem que as taxas de juros baixas ainda são necessárias para assegurar a recuperação da economia americana e ajudar a reduzir o impacto do alto desemprego.

“O mercado de trabalho continua muito fraco, com uma taxa de desemprego próxima a 10% e escassas ofertas de emprego’’, afirmou, na audiência semestral sobre a política monetária.

Ele ressaltou que a recuperação da economia ainda é demasiado frágil. “Uma recuperação durável vai depender da continuação do crescimento da demanda final do setor privado por bens e serviços’’, o que hoje não está garantida, já que “o apoio orçamentário ao crescimento econômico deveria diminuir ao longo deste ano’’, advertiu.
Em depoimento ao Congresso americano, Bernanke procurou transmitir um tom de confiança no processo de recuperação, mas sem elevar demais as expectativas, reportam agências internacionais.

Segundo o titular do FED, o crescimento econômico moderado previsto para este ano deve fazer com que a taxa de desemprego decline, ainda que de forma lenta.
Bernanke, no entanto, não ofereceu pistas sobre o “timing’’ dos ajustes da taxas de juros, limitando-se a dizer que devem ficar excepcionalmente baixas por um longo período “de forma que a expansão (da economia) se desenvolva’’.

O Federal Reserve mantém há mais de um ano os juros básicos dos EUA em níveis próximos de zero, de modo a baratear o custo do dinheiro, estimulando o consumo e o investimento, como reação a pior crise dos últimos 70 anos. Autoridades econômicas já sinalizaram, no entanto, que esses não podem permanecer indefinidamente nesses níveis. Analistas avaliam que uma mexida na taxas básicas somente devem acontecer no segundo semestre deste ano ou no início de 2011.

Mercado decepcionado

A venda de novas residências nos Estados Unidos no mês de janeiro caiu ao seu menor nível em décadas, informou ontem o Departamento de Comércio americano.
Segundo os dados divulgados, as vendas recuaram em 11,2% na comparação com o mês de dezembro, chegando a uma taxa anualizada de 309 mil unidades. Segundo o Departamento, é o nível mais baixo em aproximadamente meio século.

O resultado ainda decepcionou o mercado, que esperava um crescimento para uma taxa anual de 360 mil unidades.
O declínio das vendas em janeiro deve aumentar os temores sobre a recuperação do mercado imobiliário americano – o epicentro da atual crise financeira.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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