De acordo com as projeções divulgadas na última semana pela Abimaq (Associação da Indústria de Máquinas e Equipamentos), a soma do ganho das empresas do segmento em 2008 deve chegar a R$ 65 bilhões, contra cerca de R$ 60 bilhões de 2007. Embora as previsões da Abimaq para 2008 sejam otimistas, o crescimento estimado deve ser menor que os 13,2% esperados para este ano.
Para Luiz Aubert Neto, presidente da Abimaq, a valorização do real frente ao dólar, a alta da taxa básica de juros (Selic) e a elevada carga tributária devem barrar um desempenho mais consistente do segmento.
Segundo ele, as condições da economia têm feito com que o setor perca a competitividade diante de concorrentes internacionais. Na década de 1980, por exemplo, o Brasil era o 5º país no ranking de produção de bens de capital. Hoje, é o 14º.
Na avaliação de Aubert é necessário uma nova política industrial para o país, que ponha as empresas brasileiras em isonomia com as estrangeiras. “Somos o único país do mundo que tributa bens de capital”, afirmou Aubert.
Dados da Abimaq apontam que as importações têm crescido em ritmo mais acelerado do que o das exportações, fazendo com que a balança comercial do setor atinja um déficit recorde de R$ 4 bilhões.