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Benjamin Constant desponta como pólo da piscicultura

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Estimulado pelo Programa Zona Franca Verde, o setor primário apresenta novo mapa no Amazonas. Entre as cadeias produtivas que mais evoluiu, destaca-se a do pescado, com o crescimento da piscicultura familiar que rendeu aos piscicultores R$ 2,3 milhões em 2007. Na primeira semana do ano, 35 toneladas de peixe tambaqui curumim desembarcaram nos frigoríficos de Manacapuru, uma ação inédita pela quantidade de peixe comercializada de uma só vez.

De lá, o pescado segue para Manaus onde é vendido para as cozinhas que abastecem as empresas do Distrito Industrial e para supermercados de Manaus, mas antes passa pelo processo de beneficiamento, explica Dimas Lins, do Friolins. A produção estimada em R$ 90 mil, veio do município de Benjamim Constant já considerado pólo da piscicultura da região do alto Solimões.

Benjamin Constant é um dos 30 municípios do Amazonas que tem revelado seu potencial para a criação de peixes em área manejada, puxado principalmente pelo projeto Tambaqui Curumim do governo estadual, que representa hoje uma fonte alternativa de renda para mais de 800 famílias. “Toda a produção oriunda da piscicultura familiar tem destino certo”, afirma Valdelino Cavalcante, presidente da ADS (Agência de Desenvolvimento Sustentável), órgão responsável pela comercialização dos produtos incentivados pelo programa ZFV.

A pesar da vocação natural dos municípios, a produção desta cadeia era incipiente mais voltada para o consumo familiar, com insignificante participação no mercado. Com o advento do programa estadual, a partir de 2003, o setor aqueceu e hoje 30 municípios estão experimentando a criação de peixes em cativeiro, o chamado Tambaqui Curumim com peso entre 350 a 400 gramas. Só em Benjamim Constant registrou-se uma produção de 140 toneladas no ano passado. E a expectativa para este ano é de mais de 200 toneladas, acredita José Martins, o maior piscicultor de Benjamim e dono da produção entregue em Manacapuru.

A previsão otimista tem base na conjunção de investimentos que começa pela Sepror (Secretaria de Produção Rural) que intensificou a assistência técnica e tem procurado eliminar os principais gargalos que impediam o produtor de comercializar seus produtos a preços justos.

Em Benjamim, por exemplo, os 82 criadores associados contam com uma fábrica de ração, um laboratório de alevinagem reativados pelo secretário Eron Bezerra e uma fábrica de gelo além do transporte para escoar a produção, garantido pela prefeitura do município, parceiro importante no desenvolvimento da cadeia, diz Martins. “Temos o apoio da ADS que responde pelo vínculo comercial da nossa produção”, frisou.

Segundo o presidente da Associação dos Piscicultores de Benjamim, Carlos Flávio de Oliveira, 56, a tendência da atividade é de crescimento já a partir deste mês, com o convênio de R$ 100 mil assinado junto à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para o fornecimento/mês de 21 toneladas de peixes destinadas aos programas sociais do município.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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