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Bares e restaurantes projetam queda de 20%

O comércio de restaurantes de Manaus deve sofrer queda de até 20% até o final de julho, de acordo com estimativa feita por entidades do varejo consultadas pelo Jornal do Commercio.
Somente o feriado de Corpus Cristhi e o Festival de Parintins (a 325 km da capital), que caíram na mesma semana neste ano, devem representar uma queda de 5% para o segmento, no final deste mês, segundo estimativa da Abrasel/AM (Associação de Bares e Restaurantes do Amazonas).
“Se formos calcular a perda diária da última sexta-feira, do sábado e da segunda-feira, os principais dias atingidos pelo feriado, a retração gira em torno de 20%”, calculou a vice-presidente da entidade, Lílian Guedes.
De acordo com a dirigente, no mês de julho, a queda no fluxo de negócios dos bares, lanchonetes e restaurantes da capital amazonense também pode atingir a marca dos 20%, de acordo com média calculada pela entidade, baseada no comportamento do segmento em anos anteriores.
A vice-presidente Abrasel/AM disse ainda que os estabelecimentos localizados no Centro são os mais afetados nesse período. “Muitas famílias aproveitam as férias escolares para viajar ou deixam de frequentar o Centro no horário de almoço, priorizando as refeições em casa”, explicou.
Na avaliação do vice-presidente da Fecomércio/AM (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas), Aderson Frota, é natural que haja um esvaziamento do comércio nesta época, principalmente no Centro da cidade, em função do Festival de Parintins, seguido do início do período de férias escolares. “Tudo leva a crer que haverá, sim, uma redução, mas não será nada alarmante. Será algo em torno de 10%”, amenizou Frota.

Lojistas otimistas

Ao contrário das entidades, os lojistas seguem otimistas. Há 19 anos no comando do restaurante Casa da Pamonha, Elzira Martiminiani arrisca que a queda será de no máximo 2%, relativa ao Festival de Parintins, mas aposta na volta do crescimento em julho. “Como nosso forte são as comidas juninas, essa é a melhor época para nós. Investimos em pratos feitos a base de milho e outras comidas típicas. Então, não acho que seremos afetados”, opinou.
A gerente da filial do Centro da Alemã Gourmet, Márcia Cristina Paula, espera um movimento bom, exatamente por causa das férias. “Acredito que o fato de não trabalharmos apenas com almoço, mas também com a lanchonete, que funciona pela parte da tarde, vai nos ajudar a manter o equilíbrio nas vendas. É claro que as filiais dos shoppings têm mais rotatividade de público, mas estamos otimistas”, analisou.
Para o proprietário da Casa do Pensador, Rozendo Queiróz, o diferencial, tanto no final de junho, quanto no decorrer do próximo mês, serão os turistas. “Na semana passada, os turistas movimentaram satisfatoriamente o Centro. Esse movimento certamente deve se estender para julho”, apostou.

Shoppings esperam crescer no período

A gerente de marketing do Manaus Plaza Shopping, Patrícia Teixeira, garante que o movimento melhorou nos últimos dias e que a expectativa para o próximo mês é grande. “Reforçamos a programação musical e essa vai seguir sendo a nossa estratégia para atrair o público para a praça de alimentação, com o Festival Rock in Plaza, que tratrá shows de rock durante o período de férias escolares”, contou.
Para o vice-presidente da Fecomércio/AM, Aderson Frota, os meses de junho e julho representam vantagem para os comerciantes dos shoppings centers. “Eles investem numa programação especial para atrair quem não viaja e suprir com serviços de alimentação e lazer a retração nas vendas”, esclareceu.
Segundo ele, atrações como cinema, parques de diversão e a própria praça de alimentação que aglutina os bares e restaurantes favorecem o consumo e o movimento, possibilitando inclusive um incremento nos lucros.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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