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Bares e restaurantes projetam alta rotatividade no Dias das Mães

O efeito da sazonalidade será o aliado do segmento de bares e restaurantes no Dia das Mães, comemorado no próximo domingo (8). Os restaurantes devem apresentar forte aumento de vendas na data, considerando a reabertura dos espaços sem restrições combinado com o desejo da população em realizar confraternizações familiares. O efeito positivo desses mercados é o aumento na procura por esses serviços confirmado pela projeção da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), que espera crescer em  faturamento 30% no final de semana, alusivo à data, em comparação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com a entidade, em algumas capitais, o faturamento deverá ser maior inclusive do que o registrado no final de semana do Dia das Mães de 2019, antes da pandemia de covid-19. 

“O Dia das Mães é o segundo melhor dia do ano em relação ao movimento nos restaurantes, ficando atrás somente do Dia dos Namorados. Este ano estamos caminhando para o fim da pandemia. E o fim das restrições, somado à vacina, gera ainda mais confiança para o consumidor, que deve voltar a encher as mesas dos restaurantes nesta data especial”, destacou o presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci.

Neste cenário, a Abrasel-AM (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) estima uma 

alta na demanda. “Fizemos uma pesquisa entre os associados Abrasel no Amazonas e mais da metade das respostas indicaram uma expectativa de aumento expressivo do faturamento neste Dia das Mães, comparado com o mesmo período do ano passado, quando ainda não se notava a mesma movimentação de clientes que é verificada em 2022, fruto da maior sensação de segurança trazida pelos ótimos indicadores no sistema de saúde relacionados à Covid-19, arrisco dizer que esperamos um aumento até maior do que os 30% que a Abrasel nacional identificou no restante do país”, destacou Rodrigo Zamperlini, presidente da Abrasel-AM. 

Segundo o dirigente, o setor ainda enfrenta muitos desafios, como o endividamento excessivo, devido à necessidade para encarem os momentos de aperto no caixa durante as restrições e fechamentos que foram impostos aos negócios e a atual escalada da inflação, principalmente nos itens de alimentação que atingem diretamente a economia. “Mas o retorno dos clientes aos salões dos estabelecimentos e a virada de página no cenário catastrófico que o Amazonas enfrentou no início de 2021 nos dão a esperança necessária para acreditarmos que dias melhores estão à nossa frente”. 

As pessoas estão mais dispostas a celebrar a data nestes estabelecimentos é o que o cenário pede, após uma demanda reprimida em razão da pandemia. “A maioria das pessoas estão mais propensas a sair com as mães em bares e restaurantes, por isso de um modo geral há um aumento no consumo desses produtos e serviços, no entanto se compararmos a data deste ano  com outros anos a gente entende que ainda que haja um aumento na procura é uma alta de forma mais discreta porque estamos passando por um período de crise econômica financeira e de retração. O que não permite que todos tenham a capacidade ou poder aquisitivo de sair para comemorar”, avaliou o economista Eduardo Souza. 

A KPMG, conduzida a partir de dados de mercado, setor e comportamento dos consumidores, traz dados interessantes em relação a este comportamento. 

“Mesmo com todas as dificuldades e os desafios enfrentados pela população brasileira, essa já é uma data muito estimulada pelo setor. Este ano esperamos uma parceria maior entre o varejo e os fabricantes, que devem ajudar com os tradicionais rebates, para proporcionar preços mais acessíveis aos consumidores. A data tem ainda grande apelo emocional e a atual flexibilização na circulação das pessoas impulsiona todos os segmentos da cadeia produtiva”, afirma Fernando Gambôa, sócio-líder de Consumo e Varejo da KPMG no Brasil e na América do Sul.

Por dentro

A retomada do consumo e o aumento das vendas no varejo está alinhada com a Intenção de Consumo das Famílias no Brasil, que subiu 11% em 1 ano e chegou a 78,5 pontos em abril. Este é o maior valor desde maio de 2020. Em abril de 2021, era de 70,7 pontos, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O aumento é o 4º consecutivo, porém ainda abaixo dos 100 pontos (nível de satisfação) desde abril de 2015.

Parte do saque extraordinário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), disponibilizado pelo Governo Federal, também deve impulsionar o varejo. Segundo a CNC o comércio deve receber R$ 10 bilhões do FGTS nos próximos três meses, o que representa 36% dos R$ 29 bilhões que serão liberados para os trabalhadores. De acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) o Dia das Mães deve movimentar R$ 28 bilhões este ano. O preço médio dos presentes foi estimado em R$ 221 e 79% dos brasileiros devem consumir nessa data.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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