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Bares e restaurantes do AM fecham o semestre em queda

Fechado o semestre o que sobra para o segmento de bares e restaurantes é um saldo negativo em relação ao consumo. O segmento apresentou, em maio, queda de 34,4%, conforme o estudo divulgado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) em parceria com a Alelo, bandeira especializada em benefícios e despesas corporativas. O  resultado representa a terceira maior queda em relação a maio de 2019. 

Severamente impactados devido aos decretos impostos em razão da pandemia, o setor, segue demonstrando quedas contínuas. Além do estudo  do índice Fipe e Alelo, referente a maio, a  Abrasel-AM revelou ao longo do semestre, que o consumo estava longe dos patamares pré-pandemia, inclusive com perdas significativas em suas receitas. 

Na avaliação do presidente em exercício da Abrasel-AM, Jean Fabrízio, o primeiro semestre para o setor é considerado um dos piores de todos os tempos e atribui o resultado ao decreto governamental nos meses de janeiro a março. “Os restaurantes que trabalham com jantar foram completamente prejudicados e só puderam voltar ao normal em seus horários a partir de abril. Ainda assim, os protocolos de distanciamento entre mesas e a capacidade de 50% permanece até hoje”, avalia.

De acordo com o estudo  do índice Fipe e Alelo, o Acre foi o único em crescimento no consumo. Além do Amazonas, Rio de Janeiro e Bahia, -37,6%; -37,1%, apresentaram queda no consumo em relação ao mesmo mês de 2019. 

Analisando os números em termos regionais, referentes a maio deste ano, e aqueles observados no mês anterior revela que os impactos negativos sobre o consumo, embora ainda relevantes na comparação com 2019, foram amenizados em todas as regiões do país, refletindo o processo de reabertura e flexibilização sobre a circulação de pessoas e atividades consideradas não essenciais. Adotando como parâmetro o impacto do valor gasto em restaurantes, as regiões brasileiras registraram os seguintes números: Nordeste (-30,6%), Centro-Oeste (-30,3%), Norte (-28,3%), Sudeste (-26,9%) e Sul (-26,6%).

Em maio, pesquisa realizada pela  Abrasel, com mais de 1.600 estabelecimentos em todo o país apontou que cerca de 77% fecharam abril contabilizando prejuízo, ao menos  72% apresentavam dificuldades para manter as despesas como impostos, aluguel, contas de água, luz, gás e débitos com fornecedores. 

A Abrasel-AM considera que a mudança de hábito do consumo atrelada a adesão  do delivery também está entre os fatores das quedas contínuas. As flexibilizações por meio dos decretos governamentais foram necessárias para contenção do vírus, aos poucos trouxe fôlego para os negócios no mês de maio.

Apesar da persistência na retração, o presidente em exercício da Abrasel-AM, considera que no segundo semestre o cenário apresente índices positivos até o fim do ano. A aposta é que com o avanço da vacinação contra a Covid-19 a situação volte à normalidade. 

“Temos esperança de melhorias para o segundo semestre por conta do avanço na vacinação. Mas não temos como estimar um percentual de crescimento”.

Saiba mais

Os ICR (Índices de Consumo em Restaurantes) apontam a evolução do consumo de refeições prontas em estabelecimentos como restaurantes, bares, lanchonetes, padarias, além de serviços de entrega (delivery) e retirada em balcão/para viagem (pick-up). Ambos são calculados com base nas operações realizadas a partir da utilização dos cartões Alelo Alimentação e Alelo Refeição, em todo território nacional. Além disso, é importante assinalar que a escolha do ano de 2019 para o cálculo dos impactos do consumo se dá pelo fato de que esse ano foi a última referência completa de um período dentro da normalidade da atividade econômica, que ocorreu antes da pandemia.

Foto/Destaque: Divulgação

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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