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Banda ‘O Tronxo’ vai lançar seu primeiro álbum, ‘Dança Cósmica’

Atenção roqueiros de todas, ou quase todas, as vertentes. No domingo (28), a banda ‘O Tronxo’ irá lançar seu primeiro álbum, ‘Dança Cósmica’, em formato digital, distribuído em todas as plataformas musicais.

‘O Tronxo’ é um projeto de música instrumental que reúne referências do post rock, rock progressivo e rock psicodélico. A banda foi criada em 2013, a partir de uma parceria entre os músicos AJ (Anastácio Júnior), baterista, e Rafael Borges, guitarrista. Atualmente conta com mais um integrante, o contrabaixista Luiz Roberto Góes.

No dia 28 de fevereiro de 2021, a banda ‘O Tronxo’ irá lançar seu primeiro álbum, ‘Dança Cósmica’. Foto: Divulgação

Os temas das canções da ‘O Tronxo’ se estruturam sobre cenas inusitadas e psicodélicas, que por sua vez são emanadas por cordas viscerais e inflamadas. O som é intimado pelas batidas que dilaceram o tempo e se expandem para um universo ao mesmo tempo íntimo, espacial e desconhecido. Uma estrutura orgânica e metálica a ser compreendida entre contratempos e convulsões instrumentais.

“Pensamos no nome ‘O Tronxo’ porque remetia à palavra ‘torto’, como algo mal formado, moldado pelo espaço e tempo. Achamos que ‘tronxo’ representaria bem um som fora da curva, com quebra de tempo, mudança de sensações, e sempre experimental. Com o passar dos anos, além do sentido sonoro, entendemos que o nome nos fazia refletir sobre o ser humano como um ser torto, com suas imperfeições, mas ao mesmo tempo transcendental, com um olhar no real sentido da vida. Entendemos que somos imperfeitos”, explicou Rafael Borges.

Músicas do início

Desde o início o propósito dos integrantes da ‘O Tronxo’ era ser uma banda instrumental que tocasse músicas baseadas em bandas do gênero post rock. Após alguns encontros unindo guitarra e bateria, Thomaz Campos entrou no projeto para tocar baixo. Juntos os rapazes chegaram a participar de alguns eventos como o ‘Alien na rua’ e ‘Festival alienígena’, ao mesmo tempo que adentravam mais no universo sonoro do projeto. Em 2015, Rafael viajou para Curitiba e a banda ficou adormecida por mais de dois anos, só acordando com o seu retorno a Manaus. Nesse retorno, a banda voltou a ensaiar e fazer shows apenas com dois integrantes, Rafael e AJ, como no início. Depois de um tempo, alguns baixistas foram chamados a somar no projeto. Passaram pela banda Albenízio Júnior, baixista e vocalista da banda de punk rock ‘Os Playmobils’; Bruno Castro, guitarrista da banda ‘Dpeids’, e Luiz Góes, baixista com bastante atuação em Manaus, e que permaneceu na ‘O Tronxo’. Todas as músicas que o grupo apresenta são autorais.

“Todos da banda têm a liberdade de apresentar temas sonoros para assim podermos trabalhar as músicas. Geralmente nos encontramos em estúdio e mostramos novos sons e assim trabalhamos em conjunto, lapidando as ideias para chegarmos a um resultado final”, destacou.

Apesar da ênfase dada ao lançamento de ‘Dança Cósmica’, ‘O Tronxo’ já tem alguns materiais postados em seu canal no YouTube onde é possível encontrar músicas criadas pela banda ainda no seu início, incluindo registros de sua participação no Teatro Amazonas, em 2020, e gravações em áudio e vídeo de três músicas captadas no Estúdio Tempero Magnético, em Curitiba.

Depois de oito anos

Apesar dos quase oito anos de existência, somente agora Rafael, AJ e Luiz Góes conseguem lançar o tão sonhado álbum, e Rafael explicou por que.

“Desde o começo do projeto, até hoje, passamos por muitas pausas pelo caminho, o que tornou difícil organizarmos uma gravação mais profissional, além do fato de que uma gravação em alta qualidade tem um custo mais elevado, e dificilmente conseguiríamos o valor necessário para produção de um álbum apenas com apresentações”, disse.

Ano passado os rapazes participaram do edital do Prêmio Manaus de Conexões Culturais, da ManausCult, via Lei Aldir Blanc, escrevendo o projeto de gravação do álbum, e foram contemplados.

Para quando a pandemia passar, os três rapazes já estão planejando em como fazer seu trabalho ganhar ainda mais visibilidade.

“Pretendemos realizar apresentações pela cidade, divulgando nossas músicas. Também temos trabalhado novas músicas para gravar e lançar ainda em 2021. Uma ótima notícia é que temos vaga confirmada no Festival Casarão, em Porto Velho, adiado devido à pandemia. Estamos muito ansiosos por esse momento. A organização disponibilizará a nova data do Festival, quando possível, e então compartilharemos com todos”, finalizou. Enquanto isso, curta as sete músicas de ‘Dança cósmica’ a partir de domingo.

Por trás do álbum

O álbum foi gravado no estúdio Supersônico, capitaneado por Beto Montrezol, profissional reconhecido internacionalmente, residente em Manaus, e que também ficou responsável pela mixagem do registro de estúdio. A masterização foi realizada por Fernando Sanches, do estúdio ‘El Rocha’, de São Paulo. O design gráfico do álbum foi elaborado pelos artistas 3D Ana Ferrer e Daniel Teolfe, conhecidos por produzirem material gráfico em 3D para o rapper manauara Victor Xamã. O álbum conta com participações de outros artistas como Vivian Gramophone (voz em ‘Decadência progressiva’), Bruno Castro (voz em ‘Memento mori”) e Marcelo Nakamura (voz em ‘Tu já ficou de encontro com teu próprio ser?’). A ficha técnica inclui Pablo Araújo, compositor, músico e produtor, responsável pela produção executiva do projeto.

Foto/Destaque: Divulgação

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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