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Banda larga chega, mas só para Manaus e Presidente Figueiredo

Apesar das festividades quanto a chegada da fibra ótica no Amazonas, os municípios do interior ainda não fazem parte dos agraciados da tecnologia. Por enquanto, além da capital, somente Presidente Figueiredo, das cidades ‘interioranas’, já pode se considerar ‘sortudo’ com a aquisição da internet mais rápida, que salta de 1 gbps para 10 gbps.
Na inauguração da rede, realizada ontem, o Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo Silva, falou que a banda larga tem sido uma das bandeiras da presidente Dilma. Ele comentou que tanto o governo federal quanto estadual já analisam medidas para levar o projeto adiante e, consequentemente, trabalhar o modelo no interior do Estado.
A senadora Vanessa Grazziotin destacou que, em reunião realizada junto ao Ministro e representantes do Governo antes da solenidade, o governador Omar Aziz colocou em pauta uma solução a curto prazo para atender pelo menos 1/3 dos municípios que foram deixados de fora nesta primeira iniciativa.
Um dos recursos propostos é utilizar a novidade, vinda pela BR 174, para atender os municípios ao longo do Rio Madeira. Outro projeto baseia-se na chegada do gasoduto, que, segundo a senadora, só precisa da resolução de questões burocráticas para ser concretizado. Resolvendo estes termos, todos os municípios que estão na referência da tubulação também podem receber a banda larga.
Além do mais, a vinda do linhão do Tucuruí, provavelmente beneficiará outras cidades, já que o mecanismo de energia vem acompanhado ao de internet. “Depois disso, precisamos trabalhar um projeto de médio prazo, para trabalhar com as cidades que estão mais distantes”, analisou Vanessa.
O presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, explicou que, embora as cidades ‘não metropolitanas’ tenham sido deixadas de lado da inovação, elas ainda possuem a internet através de satélite. Ele ressaltou que o fato de Manaus, com cerca de dois milhões de habitantes, aderir a ‘internet ótica’, traz capacidade para que, mesmo com a opção secundária, haja um atendimento mais eficaz para quem mora no interior.
“Não é mais barato. Porém, primeiro a gente garante o acesso, para depois verificar o preço”, argumentou.
Falco completou que o projeto é exequível, no entanto, não é de curto prazo. O gerente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) em Manaus, José Gomes Pires, esclareceu que a geografia do Amazonas não permite a entrada da fibra ótica com facilidade. Pires garantiu que todas as cidades serão beneficiadas, mas as dificuldades para chegar aos municípios tornam maior o tempo para atingir tal resultado.
O deputado José Ricardo Wendling, que cobrou na última quarta, no plenário da ALE (Assembleia Legislativa do Estado), mais investimentos do Governo do Estado nos municípios do interior, salientou que a parceria do governo federal com a Venezuela, advindo desde a época Lula, já é um caminho para resolver a problemática da região no aspecto da comunicação, ainda distante quando comparada ao restante do país. Wendling ressaltou que o desafio será fazer com que a internet, além de mais barata, também tenha a mesma velocidade que o Sul do Brasil.
O dirigente da Anatel esclareceu que a implantação do cabo é fruto de uma obrigação estabelecida pela Agência, devido o ganho de mercado da OI, a partir do momento que ela assumiu a Telecom. “Existem medidas que você toma para compensar este ganho, introduzindo algumas obrigações. Uma das apresentadas para a empresa, foi a de trazer o cabo de fibra ótica até a cidade manauara”, especificou.
O acordo, que foi firmado no final de 2008, chega com um mês de atraso, já que foi estabelecido um prazo de dois anos para o cumprimento do projeto. No entanto, de acordo com o gerente, a breve demora é justificável. “Levou vários meses para conseguir as licenças ambientais”, concluiu.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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