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Bancos esperam oferta mais restritiva

A oferta de crédito para o consumo deve se tornar mais restritiva no terceiro trimestre deste ano. É o que mostra o Indicador de Crédito para Consumo – Oferta Esperada, calculado pelo Banco Central .
De acordo com o BC, o indicador trimestral é resultado de pesquisa nas instituições financeiras mais representativas do segmento, de forma a totalizar pelo menos 80% do volume total desse tipo de crédito. As operações de crédito para consumo são cheque especial, crédito pessoal, financiamento de veículos e cartão de crédito.
O indicador é expresso em uma escala de pontos que varia entre -2 e 2 pontos. A pontuação em -2 indica mais restrição e em 2, mais flexibilidade.
De acordo com Banco Central, o indicador de oferta para consumo ficou negativo em 0,07 ponto. A instituição também divulgou a perspectiva para a demanda por crédito, que ficou em 0,06 ponto, indicando perspectiva de aumento da procura por crédito.
Outro dado é a perspectiva de aprovações esperadas no crédito para consumo pelas instituições financeiras, que ficou em 0,06 ponto.
O BC pesquisa ainda a perspectiva das instituições financeiras para a demanda, oferta e perspectiva de aprovação de crédito pelos bancos para financiamento imobiliário e empresas grandes e micro, pequenas e médias.
De acordo com o indicador de demanda por financiamento imobiliário, a perspectiva das instituições é estabilidade na oferta e melhora na demanda (0,25) e nas aprovações de crédito (0,13). A pesquisa para esse indicador foi feita com as principais instituições financeiras atuantes no crédito habitacional para famílias, representando cerca de 95% do volume total de crédito do segmento.
No caso das grandes empresas, deve haver queda tanto na demanda (-0,33), quanto na oferta (-0,59) e na aprovação de crédito (-0,24) no terceiro trimestre deste ano. Nesse caso, a pesquisa é feita com instituições responsáveis por, pelo menos, 90% do volume de crédito para o segmento.
Para as micro, pequenas e médias empresas, espera-se mais restrição na oferta (-0,38) e melhora na demanda (0,50) e na aprovação de crédito (0,08). A pesquisa foi feita com bancos responsáveis por cerca de 90% do crédito para essas empresas.
O professor de economia da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), Luiz Fernando Paulilo explica que os bancos estão mais cautelosos para emprestar e uma das razões é a alta da inadimplência. “Você tem um aumento do risco por parte do emprestador, então ele acaba compensando isso cobrando mais nos novos empréstimos”, disse.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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