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Banco Mundial prepara fundo de US$ 200 mi

O Banco Mundial vem trabalhando na criação de um fundo de até US$ 200 milhões para enfrentar a crise alimentar, que ameaça vários países em desenvolvimento, informaram na quarta-feira, fontes ligadas ao tema, segundo a agência de notícias France Presse.
O fundo deve ser examinado, pelo conselho de administração do banco, segundo uma fonte ouvida pela agência, que participou recentemente de uma reunião com o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick.
O valor do fundo, discutido menos de uma semana antes da conferência internacional sobre a crise alimentar, em Roma, não foi citado na reunião, disse uma das fontes, que pediu para não ser identificada.
Já outra fonte revelou que o valor pode chegar a US$ 200 milhões.
Segundo o plano, assim que o fundo for aprovado, os vice-presidentes regionais terão fácil acesso ao dinheiro, sem a necessidade de apresentar ao Conselho de Administração caso por caso, explicou uma das fontes.
No último dia 14, a vice-presidente do banco, Pamela Cox, disse que os preços dos alimentos continuarão altos pelo menos nos próximos sete ou oito anos.
“O problema dos preços elevados dos alimentos não vai desaparecer nos próximos sete ou oito anos. É preciso aumentar a produção” para resolver esse problema, declarou Cox. “Para que os preços dos alimentos caiam, é preciso finalizar a Rodada Doha, da Organização Mundial do Comércio e desenvolver um mercado mais competitivo”.
Para ela, o aumento dos preços dos alimentos no mercado mundial tem como principais motivos o aumento da demanda em países como China e Índia e o incentivo à produção de biocombustíveis, sobretudo os derivados do milho.
Os preços mundiais dos alimentos cairão um pouco em relação aos níveis recordes atuais, mas seguirão elevados durante pelo menos uma década, prevêem a FAO (Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura) e a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos) em um relatório sobre as perspectivas agrícolas mundiais no período 2008-2017.

Preços seguirão altos até 2017

“Uma vez que retrocedam de seus atuais níveis máximos, no entanto, os preços permanecerão em níveis médios maiores, a médio prazo, que na década passada”, afirma o documento. Quase 30 países da África, Ásia e Caribe registraram protestos nos últimos meses pelos altos preços dos alimentos. No Haiti a situação derrubou o premier.
O estudo foi preparado em um “clima de crescente instabilidade dos mercados financeiros, uma inflação mais elevada dos preços dos alimentos, sinais de um enfraquecimento do crescimento econômico mundial e preocupações sobre a segurança alimentar”, explicaram as duas organizações.
“Os preços para a próxima década também podem ser mais voláteis que no passado”, advertiram. O relatório antecipa que os preços nominais da carne de porco e de vaca subirão 20% em 2008-2017 na comparação com 1998-2007; o açúcar branco e mascavo subirá 30%; o trigo, o milho e o leite desnatado em pó de 40% a 60%; a manteiga mais de 60% e os óleos vegetais mais de 80%.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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