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Banco de dados faz raio-x do mercado da arte no AM

Quantos músicos atuantes existem no Amazonas? Onde vivem? Quais instrumentos tocam? Se apresentam em quais lugares? Vivem da música? Estas são algumas das questões que pretendem ser respondidas através do Banco de Dados de Músicos que atuam profissionalmente no Amazonas, idealizado pelo produtor cultural Wagner Alan Moreira, administrador do portal Cultura Amazônica, e que foi lançado no final do mês passado.

“O objetivo da criação desse banco de dados é identificar, mapear e entender a realidade dos trabalhadores desta classe artística. Com isso, visa-se reconhecer a amplitude do setor e sua importância na cadeia produtiva, pois sabe-se que faltam elementos para se estabelecer diretrizes no desenvolvimento econômico, social e cultural desse segmento, principalmente porque é evidente que há oportunidades no mercado, pela qualidade dos profissionais e pelas transformações da tecnologia nos últimos anos”, explicou Wagner.

De posse desses dados, Wagner lembrou que as conclusões não serão definitivas, porém, as informações sim, terão uma grande importância para a construção de políticas públicas.

Mas não só os músicos poderão fazer parte do Banco de Dados. Também haverá espaço para cantores, compositores, autores, intérpretes, produtores fonográficos, produtores de shows, instrumentistas, arranjadores, radialistas, engenheiros de som, DJ’s, regentes e demais profissionais do segmento da música que residem e desempenham suas atividades musicais na capital e no interior do Estado.

“Exatamente. O critério para integrar o Banco de Dados é atuar no segmento musical em qualquer cidade do Amazonas”, informou.

Políticas públicas

Ainda de acordo com Wagner, o Banco de Dados servirá de ferramenta de democratização, valorização da identidade e memória cultural do segmento musical no Amazonas, através do registro não só de artistas conhecidos, mas com a possível identificação de novos talentos, dando visibilidade e construindo oportunidades a essa contemporânea safra de artistas.

“Os dados ficarão disponíveis, de maneira gratuita no www.culturaamazonica.com.br e lá, com os dados informados, os contratantes poderão ter acesso fácil e rápido à carreira e qual o campo de atuação de determinado profissional”, informou.

Outro objetivo do Banco de Dados é formar um panorama do segmento musical, desenhado pela primeira vez no Amazonas. Além de se conhecer qual o segmento de atuação destes profissionais, será possível identificar se ele desenvolve suas atividades na capital ou no interior e se a música é sua atividade principal como fonte de renda.

“Ao identificar elementos concretos que revelem a realidade dessa cadeia produtiva musical, será possível mensurar a singularidade e o potencial artístico do segmento. Ter este Banco de Dados de profissionais da música é um feito importante para que se desenvolvam políticas públicas consistentes e que atendam à classe artística local, fazendo com que o fomento tenha um direcionamento adequado diante da realidade apresentada”, afirmou.

Com essa visibilidade que os profissionais terão, tanto o poder público, quanto à iniciativa privada, serão melhor orientados a como apoiar e movimentar a cadeia produtiva da música cabocla.

Wagner: “objetivo é identificar, mapear e entender a realidade da classe artística”

Profissionais interessados

O projeto Banco de Dados de Músicos que atuam profissionalmente no Amazonas foi

contemplado pelo Programa Cultura Criativa 2021 – Prêmio ‘Equipa Cultura’, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.

Como contrapartida, o portal Cultura Amazônica promoverá dois dias de oficinas sobre temas voltados para a gestão cultural, comunicação e marketing para artistas, elaboração de currículo e portfólio cultural e posicionamento nas redes sociais.

“Lá será um momento para conversar com outros profissionais e trocar experiências. Os ministradores serão profissionais que atuam neste segmento e têm vasta experiência no mercado”, adiantou Wagner.

“Em apenas um dia, mais de 50 profissionais responderam ao questionário do Banco de Dados, que ficará disponível até o dia 30 de maio no https://forms.gle/grbxHAXNu27gfvDH8, além do Instagram @portalculturaamazonica. Quem tiver alguma dúvida, pode ligar para (92) 9 9502-4766. Até o final de junho, todos os dados estarão disponíveis no www.culturaamazonica.com.br, em uma aba chamada Músicos do Amazonas”, finalizou.

Com mais de cinco anos de criação, o portal Cultura Amazônica foi idealizado para apresentar, fomentar, incentivar, promover, divulgar e compartilhar conteúdo dedicado à cultura e à arte amazônica, de forma democrática, gratuita, simples, de fácil acesso e ilimitado.

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Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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