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Banco Central reduz taxa de juros Selic para 8,75% ao ano

O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) anunciou ontem, a quinta redução consecutiva na taxa básica de juros. A taxa Selic caiu 0,50 ponto percentual, de 9,25% ao ano para 8,75% ao ano. O ritmo de corte foi, no entanto, menor que o verificado nas reuniões anteriores do BC. Desde janeiro, foram feitos três cortes de 1 ponto percentual e um de 1,5 ponto.
“Tendo em vista as perspectivas para a inflação, em relação a trajetória de metas, o Copom decidiu reduzir a taxa Selic para 8,75% ao ano, sem viés, por unanimidade”, afirmou a instituição.
A decisão anunciada hoje já era prevista pela maioria dos economistas, que acreditam ser esta a última redução dos juros neste ano.
Ainda segundo o Copom, “levando em conta que a flexibilização da política monetária implementada desde janeiro tem efeitos defasados e cumulativos sobre a economia, o Comitê avalia, neste momento, que esse patamar de taxa básica de juros é consistente com um cenário inflacionário benigno, contribuindo para assegurar a convergência da inflação para a trajetória de metas ao longo do horizonte relevante, bem como para a recuperação não-inflacionária da atividade econômica”.
A avaliação do mercado financeiro é de que o nível atual dos juros é suficiente para garantir a recuperação da economia brasileira, afetada pela crise econômica internacional. Cortes adicionais, no entanto, poderiam ter impactos sobre a inflação.

Sequência de cortes

Desde o final de 2003, no início do governo Lula, o BC não promovia uma sequência de cortes de juros dessa magnitude. Com isso, desde o início do segundo trimestre, os juros já estão no menor nível da história. Em janeiro, os juros caíram de 13,75% para 12,75% ao ano. Em março, o BC acelerou a redução, e a taxa caiu para 11,25%. Nas reuniões de abril e junho, os juros caíram para 10,25% e 9,25% ao ano, respectivamente.
Apesar da redução no ritmo de corte dos juros, parte do governo ainda vê espaço para que o BC reduza mais a taxa. No mercado financeiro, no entanto, a opinião predominante é de que os juros vão ficar estáveis até 2010, quando o BC voltará a subir a taxa.
Reforça essa expectativa um relatório divulgado no final de junho pelo BC. Nele, a instituição avalia que a maior parte do efeito provocado pelas quedas dos juros realizadas desde janeiro sobre a atividade econômica será sentida neste segundo semestre. Por outro lado, o efeito sobre a inflação aparecerá na virada de 2009 para 2010, já que, nesse caso, a defasagem é maior.
O próximo passo do BC em relação aos juros será conhecido na primeira semana de setembro, na próxima reunião do Copom.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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