Na primeira edição de seu Boletim Regional, o Banco Central apontou índices em elevação do emprego, do comércio varejista e do fluxo de comércio internacional. Por outro lado, a autoridade monetária alertou para “sinais de aceleração mais intensa” da inflação.
Elaborado pelo BC, o “Boletim Regional” vai ser publicado a cada três meses, apontando as condições da economia por regiões e alguns Estados do país (Bahia, Ceará, Pernambuco, Minas, Rio, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul). “Sob o enfoque regional, enfatiza-se a evolução de indicadores que repercutem as decisões de política monetária -produção, vendas, emprego, preços, comércio exterior, entre outros”, informa o BC, responsável, por exemplo, pela definição da taxa básica de juros, a Selic.
Conforme o estudo, a inflação encontra-se contida nas várias regiões, com exceção de onde “o aquecimento econômico mostra-se mais pronunciado, como em Minas Gerais, que registrou, entre os Estados, a maior taxa para os preços livres no ano até agosto”.
Em Minas Gerais, a alta dos preços nos oito primeiros meses do ano foi de 4,07%, pressionada pela inflação dos alimentos. No Brasil, o índice foi de 3,53%. Os preços monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, educação e outros) aumentaram 4,08% no período, em Minas, e 1,19%, no Brasil. Segundo o relatório, de maneira geral, destacam-se os dados de vendas do comércio, os impactos da recuperação agrícola sobre o Sul e o Centro-Oeste e os programas de transferência de renda no Norte e Nordeste.
Por parte da indústria, o BC aponta “maior dinamismo” nas regiões que concentram a produção de equipamentos de transportes -e, principalmente, carros- e naquelas em que a indústria extrativa mineral tem sido estimulada pelas exportações.
Na Região Norte, a autoridade monetária destaca a expansão de 10,3% do volume de vendas entre janeiro e julho –o maior aumento entre as regiões. Quanto à indústria amazonense, aponta a “perda de competitividade de seus produtos no comércio internacional, em especial no que se refere à indústria de itens eletrônicos e de comunicação”.
Na Região Nordeste, o BC também aponta o desenvolvimento do comércio como motor da economia. “A economia nordestina também se favoreceu da expansão das exportaç