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Badalado bairro D. Pedro e suas praças

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O local onde hoje está o bairro Dom Pedro, em 1970, era apenas uma extensa área verde, cortada por igarapés, que recebeu durante muitos anos, banhistas de toda a Manaus para o lazer de final de semana. Porém, a partir do ano de 1971 o panorama começa a mudar, pois foi naquele ano que as terras daquela região foram compradas pelo empresário paraense Isaac Benzecry.

De acordo com o historiador Gaitanno Antonaccio, autor do livro “Bairros de Manaus”, foi quando a família Benzecry vendeu a área para a Cooperativa Habitacional dos Trabalhadores de Manaus, no ano de 1972, que a construtora Flávio Espírito Santo começou a fazer a construção das casas do Conjunto Habitacional do Dom Pedro I.

O nome do bairro foi dado em homenagem ao imperador Dom Pedro I, pois no mesmo ano que se iniciava a construção do conjunto, o Brasil comemorava os seus 150 anos de independência de Portugal. Porém a inauguração oficial se deu no dia 20 de março de 1974, quando os conjuntos habitacionais foram entregues aos moradores. 

Foi a mesma construtora, com recursos do extinto Banco Nacional de Habitação (BNH), que construiu na área mais alta do bairro os conjuntos Dom Pedro II, Kyssia e Deborah. O Dom Pedro também agrega atualmente os conjuntos Nova Jerusalém, Santa Terezinha e Aripuanã.

Bem no início, os moradores enfrentaram dificuldades como a lama pela falta de pavimentação e a falta de transporte. Com isso, o isolamento dos demais bairros, mas não demorou muito a construtora passou a responsabilidade do conjunto ao estado. 

Vaneida Fernandes é moradora antiga e criou sua família no bairro

A servidora pública Rigoneida Costa, 51, conta que sua família foi uma das primeiras a chegar no bairro no ano de 1973. “Lembro do local em que hoje funciona a praça da alimentação do Dom Pedro.  Era uma praça pública com calçadão, bancos, jardim, relógio e ao centro um monumento bem alto, feito em forma de cubos. Já onde funciona o colégio La Salle, era um campo onde a juventude da época se reunia para jogar futebol”, relembra a moradora.

Com localização privilegiada, o bairro faz limites com o Alvorada, São Jorge, Chapada, Flores e Nova Esperança e possui hoje uma população de 17.070 habitantes, segundo o último censo (2010) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na área da saúde o bairro tem como referência a Fundação de Medicina Tropical do Amazonas e a Fundação Centro de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), ambas inauguradas na década de 70 e que atendem a pacientes de toda a região norte e até mesmo de outros estados do país.

Quanto à segurança pública, no bairro não há policiamento ostensivo, conforme explica a aposentada Vaneida Fernandes, 84, antiga moradora.  “Vivi boa parte de minha vida no Dom Pedro, onde constitui família e criei meus filhos. Porém tive que mudar para outro bairro, pois sofri um assalto dentro de casa e fiquei com fobia do lugar”, alega a aposentada.

Já na área esportiva, o Dom Pedro é servido pela Vila Olímpica, inaugurada oficialmente no dia 25 de março de 1990, pelo então Governador Amazonino Mendes, com a finalidade de atender a desportistas, contribuindo para o desenvolvimento do esporte amador amazonense, por meio de incentivos técnicos e financeiros que mantêm e projetam os talentosos atletas.

A Praça de Alimentação do bairro atrai e serve tanto a moradores quanto a pessoas vindas de todas as partes da cidade com variedades nos pratos como: carne na chapa, pizzas, sanduiches, salgados, yakissoba, pastel, tacacá, chopp, dentre outras vendas rentáveis para quem é comerciante no local. 

Edith Patrícia sustenta a família com o comércio no bairro

 

A comerciante Edith Patrícia, 45, proprietária, há 7 anos, de um dos restaurantes especializados em carne na chapa, afirma sustentar a família a partir das vendas do comércio, cujo movimento é maior nos finais de semana. “O movimento na praça já foi bem melhor, mas na atual situação de crise e desemprego ganhamos o suficiente para sobreviver”, lamenta Edith.

No tocante à demanda educacional o bairro Dom Pedro dispõe de diversas escolas públicas e particulares como a Escola Estadual Maria Amélia, a Escola Estadual Petrônio Portela e o Colégio e Faculdade La Salle.

CURIOSIDADE:   O nome do bairro foi dado em homenagem ao imperador Dom Pedro I que no mesmo ano que se iniciava a construção do conjunto, o Brasil comemorava os seus 150 anos de independência de Portugal, porém a inauguração oficial se deu no dia 20 de março de 1974, quando os conjuntos habitacionais foram entregues ao moradores. 

INFOGRÁFICO:

NOME: Dom Pedro

ÁREA: 98 hectares

FUNDAÇÃO: 20 de março de 1974

POPULAÇÃO: 17.070 habitantes

ELEITORES: 20.234 

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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